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domingo, 19 de dezembro de 2010

…desabafos

Porque razão? Será porque exageramos? Será porque nos pomos à sombra da bananeira? Porque não somos levados a sério ou não nos levamos a sério? Ou porque na realidade a palavra trabalho não tem o significado que esperamos que tenha ou que deveria ter?
Eu sei, eu sei, tudo depende do que estamos a falar….e eu estou a ser muito vago.
É propositado, é que não é a ajuda em concreto que pedimos que quero realçar, mas sim a disponibilidade e vontade de quem pode ou deve ajudar os outros.
Se alguém chegado necessitar de ajuda ou se manifestar abertura para receber essa ajuda, eu não concebo outra atitude possível, senão a de pensar incansavelmente em equacionar uma solução para minimizar ou resolver uma dificuldade. Mesmo que tal solução seja difícil de resolver, é de tentar e mostrar que estamos a tentar ajudar, pois essa tentativa transmite força anímica que derrota o cansaço e a frustração que consome as pessoas visadas.
Esta é a disponibilidade a que me refiro. E é a indiferença e falta de interesse muitas vezes existente que critico, que nos destrói por dentro, que nos faz questionar a importância que temos para os outros, que nos afasta, que nos torna mais azedos e mais arrogantes, que nos transforma e nos molda a personalidade.
A maneira que temos para dar a volta a essa situação é a de conseguir vitórias, a de alcançar objectivos, a de provar e mostrar que conseguimos chegar lá sem a ajuda de quem poderia e não se rala. E essa indiferença sentida transforma-se em orgulho próprio à custa de muita decepção, sofrimento, luta, suor e dor.
Pois, … … mais vale cair em graça do que ser engraçado
Cair em graça é daquelas coisas que vale mais que o ouro. Cair em graça nada tem a ver com o facto de ser ou não ser engraçado, é algo que simplesmente acontece e normalmente beneficia alguém, sem que as razões sejam muito claras para os outros. Cair em graça é um dos mistérios que sempre existirão quando em causa está o relacionamento entre pessoas.
Há quem tenha jeito para cair em graça, e há quem não tenha jeito nenhum. Eu diria que cair em graça é uma espécie de segunda sorte. Uns caem, outros não caem e é nesse equilíbrio de forças que vai girando o Mundo.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Os Serviços Sociais dos Municípios

Afinal não era a secretaria de estado da administração local e muitos pareceres que por este país foram feitos que tinham razão, mas sim alguns leigos e o governo vem reconhecer que os subsídios aos Serviços Sociais dos Funcionários das Autarquias Locais são legais.
Abaixo a descrição do Decreto – Lei aprovado, sendo certo que a aprovação deste documento poderá fazer muitas famílias um pouco mais felizes, principalmente nesta quadra natalícia. Cabe agora a cada Município a decisão de atribuição destes subsídios.

3. Decreto-Lei que regula as transferências a efectuar pelas autarquias locais a instituições culturais, recreativas e desportivas constituídas por trabalhadores municipais ou que visem a concessão de benefícios sociais aos trabalhadores municipais e aos seus familiares, no uso da autorização legislativa concedida pelo artigo 43.º da Lei n.º 3-B/2010, de 28 de Abril
Este Decreto-Lei, aprovado na generalidade ao abrigo de uma Autorização legislativa da Assembleia da República, estabelece os critérios para a atribuição de apoios financeiros pelas câmaras municipais às instituições constituídas por trabalhadores municipais para fins culturais, recreativos e desportivos ou que tenham como objectivo a concessão de benefícios sociais aos trabalhadores municipais e aos seus familiares.
Assim, determina-se que as transferências destinadas à concessão de benefícios sociais aos trabalhadores do município e respectivos familiares não abrangem benefícios que tenham o contributo de outras fontes de financiamento público, nomeadamente pelas verbas do Fundo Social Municipal, ou por outros sistemas ou subsistemas públicos ou privados de protecção social e cuidados de saúde.
Estabelece-se, ainda, que as transferências destinadas à concessão de apoio financeiro às actividades culturais, recreativas e desportivas devem privilegiar benefícios não abrangidos por outras fontes de financiamento público.
Determina-se que as referidas transferências só podem ser efectuadas para instituições dotadas de personalidade jurídica, legalmente constituídas e com a situação tributária e contributiva devidamente regularizada.
O diploma introduz um limite quantitativo para as transferências a efectuar pelas autarquias locais, que corresponde a 3,5% do somatório anual das remunerações e pensões, respectivamente, dos trabalhadores e aposentados que sejam associados da instituição beneficiária da transferência, considerando o montante ilíquido multiplicado por 12 meses. Por fim, estabelece-se que a existência de serviços próprios de protecção social e de cuidados de saúde deve ser revista até 31 de Dezembro de 2012, de forma a harmonizar os sistemas de protecção social e cuidados de saúde, evitando a duplicação de sistemas públicos e privados financiados pelo Estado e pelas autarquias locais e a cumulação de prestações de idêntica natureza pelos mesmos beneficiários, de acordo com os princípios da economia e eficiência, justiça social, igualdade e equidade.

sábado, 27 de novembro de 2010

Os Conselhos Municipais da Juventude

O jovem está na base das preocupações sociais. A Juventude, como tema transversal, abrange várias matérias sociais, uma vez que os jovens são uma prioridade para várias vertentes de actuação, como segurança, educação, emprego, cultura, saúde etc. Em Portugal, as Políticas Públicas de Juventude ainda estão em fase inicial de elaboração e consolidação, e vivemos um contexto de luta pela garantia e ampliação dos direitos da Juventude.
Diante desse cenário de construção de mecanismos político-institucionais capazes de subsidiar o desenvolvimento das PPJ, figuram os Conselhos Municipais de Juventude (CMJs). Os CMJs são um espaço democrático que possibilitam o empenho real dos jovens, tornando-o capaz de influenciar a elaboração de Políticas Públicas que beneficiem a Juventude, a fim de melhorar as condições sociais, políticas, económicas e culturais de um espaço geográfico.
Em outras palavras, os CMJs interagem com todas as esferas políticas do município, levando ideias e propostas de acções específicas que possam ser implementadas pelo Poder Politico local. Trata-se, portanto, de um órgão estratégico de apoio que desempenha funções consultivas e fiscalizadoras. Além disso, constitui-se num parceiro legítimo e democrático de interacção entre a sociedade civil e o Poder Politico, possibilitando ao jovem uma oportunidade única de levar suas reivindicações até os poderes constituídos e, dessa maneira, tornar-se sujeito participativo do processo político, abandonando assim a apatia política que paralisa a juventude actual.
Além disso, a acção dos CMJs visa também a mudança do patamar de compreensão da sociedade sobre este importante segmento social, uma vez que é preciso que todos saibam qual é a real condição do jovem na sua realidade local e quais as suas mais urgentes necessidades. Os jovens envolvidos nas actividades dos CMJs buscam exercer uma actividade cívica que representa um saudável exercício de cidadania e de fortalecimento das estruturas democráticas locais, além de proporcionar o envolvimento dos cidadãos, tornando-os aptos a terem voz activa nas discussões políticas.
À medida que os trabalhos dos CMJs avançam nas localidades, podemos vislumbrar melhorias significativas na condição do jovem. Assim, será possível elevar sua condição social de sujeito passivo para cidadão activo do processo político-social, não só como alvo prioritário das PPJ, mas principalmente como protagonista na busca pelos seus direitos e na elaboração de Políticas Públicas que o beneficiem, uma vez que ninguém melhor que o próprio jovem para reflectir politicamente e ser capaz propor mudanças na sua realidade, aprimorando-a para o benefício geral da Juventude.
Portanto, o trabalho dos CMJs consiste em aproveitar o idealismo, a energia, o dinamismo e o potencial transformador do jovem, canalizando essa força positiva para a construção de mecanismos capazes de melhorar a sua própria condição. Dessa maneira, os CMJs funcionam como um elo que liga a sociedade civil ao Poder Público, sendo um mecanismo fundamental para estimular e fomentar uma participação mais activa dos jovens no processo político e social das sociedades.
Os jovens envolvidos nas actividades dos CMJs procuram exercer uma actividade cívica que representa um saudável exercício de cidadania e de fortalecimento das estruturas democráticas. Os jovens envolvidos nesses movimentos devem ser capazes de pensar e executar uma política renovada, uma vez que a Juventude como um todo afasta a ideia de participar do mundo político, em virtude das generalizações precipitadas que comprometem o interesse de participação política dos cidadãos, fixando estereótipos preconceituosos no imaginário nacional.
Ora, se há pouco interesse dos cidadãos em envolver-se nos assuntos políticos e em preocupar-se com a sociedade em geral, difícil se torna a manutenção e o fortalecimento da democracia.
Esses novos paradigmas devem estar alicerçados nas tendências progressistas do mundo actual, e não em práticas arcaicas e hábitos bolorentos que atestam a falência generalizada do actual modelo para a juventude. Nesse processo natural de renovação, o jovem está em posição decisiva e de grande responsabilidade, pois é sensivelmente mais predisposto a absorver novas ideias e a adaptar-se a situações inovadoras, dado o seu contacto intenso e precoce com a tecnologia e demais ferramentas virtuais que precisam ser postas a serviço da cidadania e utilizada em benefício das mudanças sociais.
Além disso, os novos modelos para a juventude devem pautar-se pela lógica inescapável da interdependência, conduzindo a acção rumo a um pensamento de um todo interconectado. A Juventude, portanto, deve conectar-se com as redes tecnológicas e saber canalizar todos os recursos que a sociedade da informação nos oferece em benefício do progresso social, político, económico e moral de onde se encontre inserida.
Enfim, um envolvimento mais profundo da Juventude nos processos é de fundamental importância para a consolidação da democracia. Os Conselhos Municipais de Juventude, proporcionam aos jovens dispostos a abraçar a causa da Juventude uma valiosa experiência de fazer a diferença ao dedicarem-se a projectos que visam fomentar a participação dos jovens na sociedade e, desse modo, solidificar a governabilidade democrática a nível local.

domingo, 21 de novembro de 2010

Divisões de Desporto Municipal

As Divisões de Desporto Municipal, como sector importante e assumindo-se como elo de ligação entre os Municípios e os cidadãos, deverão saber transmitir as necessidades de todos munícipes para ir de encontro ao desenvolvimento do desporto Municipal.
Facilitar o acesso à prática desportiva a todos os cidadãos, eliminando qualquer tipo de descriminação social ou económica, deve ser um princípio fundamental da Autarquia, de forma a responder com igualdade às necessidades de todos.
Não se deve transformar as Divisões de Desporto Municipal em únicas privilegiadas a poder oferecer prática desportiva aos cidadãos. Devem servir de apoio às organizações existentes no Município, principalmente para o movimento associativo, cujo estímulo por parte da autarquia é fundamental para o seu desenvolvimento.
Uma das formas de apoiar o movimento Associativo, proveniente de associações desportivas ou da própria Divisão de Desporto, é através do apoio financeiro por parte da autarquia, com a celebração de Contratos – Programa de Desenvolvimento Desportivo que estabeleçam as responsabilidades de ambas as partes, a autarquia assegura, em certa medida, a continuação do desenvolvimento desportivo no Município.
Através da Divisão de desporto, as Autarquias contam com uma divisão encarregada de distribuir as ajudas financeiras, de oferecer actividades desportivas aos munícipes, de promover o desporto Municipal, etc. O facto de poder descentralizar o processo de desenvolvimento do desporto Municipal, através de uma estrutura criada para desenvolver as políticas desportivas Municipais tornou-se imprescindível, visto que estas se apresentam cada vez mais complexas.
No desenvolvimento desportivo intervêm uma ampla diversidade de áreas organizacionais e nele se cruzam uma grande variedade de interesses. Isto provoca que os equipamentos necessários para o progresso da actividade desportiva acabem por se tornar dispendiosos. É neste momento que a Autarquia assume o papel de prever as sinergias necessárias à implementação de uma política integrada de todos os intervenientes.
As Divisões de Desporto Municipal devem determinar objectivos de qualidade e de quantidade para apoiar a actividade desportiva, desta forma vai constituir um elemento regulador para o desenvolvimento desportivo local. A implementação de programas com qualidade vai levar-nos a uma oferta e procura desportiva exigente em equipamentos, em técnicos e na própria actividade.
Sem esquecer a qualidade, é importante que o desporto promovido desde das Divisões de Desporto Municipal tenha um espírito social, que dê importância aos valores como princípio fundamental para a cidadania.


Texto da minha tese de Mestrado
Direcção e Gestão de Desporto

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O desporto como desenvolvimento das populações

Desencadeados pelas grandes transformações económicas e sociais iniciadas a partir dos anos cinquenta, começaram a surgir novos estilos de vida que deixaram de poder ser compreendidos e explicados através do modelo linear sequencial do passado consubstanciado no tempo de educação, seguido pelo tempo de trabalho e este pelo tempo de reforma.
A vida começou a deixar de ser entendida e vivida, em regime de exclusividade, pelo modelo formado por aqueles três estádios que se sucediam sem intercomunicarem entre si e que representava o “paradigma da sociedade industrial”, estandardizada e sincronizada, se utilizarmos a expressão de Alvin Toffler, para começar a ser caracterizada pela existência de uma multiplicidade de actividades que se interpenetram e intercomunicam ao longo da vida de cada um, de cada geração, de cada organização e de cada sociedade: a educação, o trabalho, a reforma, o lazer, o jogo, a religião, a saúde, o desporto, bem como o acesso aos serviços e diversas outras actividades que acabam por traduzir, no seu conjunto os diversos elementos que gerem o padrão de organização social e definem a qualidade de vida dos indivíduos.
É neste quadro que entendo que deve ser processado o desenvolvimento do desporto a partir das autarquias, já que entendo o desporto como uma multiplicidade de práticas de características próprias que acontecem de forma integrada ao longo da vida de cada um, de cada grupo e de cada comunidade.
O desporto é uma realidade social que cruza as mais diversificadas áreas das actividades humanas, quer elas sejam de cariz profissional, educacional, recreacional ou relativas à saúde das populações.
Neste sentido, as autarquias enquanto pólos de desenvolvimento económico e social acabam por ter uma responsabilidade acrescida em todo este processo.
No entanto, no que às autarquias diz respeito, é possível verificar diferentes filosofias de acção entre diferentes Câmaras Municipais. É possível encontrar em todos os quadrantes políticos, desde modelos mais ou menos intervencionistas, até ao total abandono, em termos de ideias, do fenómeno desportivo.

Cada vez existe hoje uma maior consciência de que as autarquias não podem ser meras estruturas repetidoras a nível local, das políticas muitas vezes questionáveis desenvolvidas a nível nacional. Por exemplo, felizmente, muitas autarquias recusam-se a sustentar um falso profissionalismo de clubes que em vez de serem geradores de riqueza, são sorvedouros de recursos públicos que deveriam ser utilizados para benefício da população em geral, muitas vezes carenciada de condições de acesso à prática desportiva.
Penso que uma política desportiva conduzida a nível local, passa pela criação de condições para que a generalidade da população, desde que o deseje, tenha acesso ao desporto.
Em conformidade, as Câmaras Municipais têm de criar projectos de desenvolvimento do desporto de acordo com as suas próprias realidades.
Hoje é, de uma forma geral, reconhecido pela generalidade das pessoas que, na maioria das vezes, as Câmaras Municipais podem exercer no domínio do desporto, uma acção de grande utilidade para as populações. Essa acção revela-se tanto mais eficiente e eficaz quando as Câmaras Municipais suportam as suas políticas num enquadramento técnico a trabalhar em regime de tempo pleno, responsável e solidário pelas soluções que propõe.
O caminho que proponho neste trabalho, visa desencadear processos de dinamização do sistema desportivo municipal para um trabalho de maior qualidade junto das populações e onde a autarquia se posicione como interface dinâmico, integradora e potenciadora de todo o sistema desportivo, mas com uma vontade própria, uma ideia e um plano em relação ao desenvolvimento desportivo do seu espaço geográfico de intervenção, encontrando novas soluções que respondam às necessidades e consequentes exigências das populações que cada vez mais procuram uma vida activa através do desporto.
As actividades físico-desportivas informais e a auto-gestão, na medida em que a pessoa ou não necessita de qualquer apoio, ou necessita apenas que lhe sejam concedidas algumas facilidades por qualquer entidade para poder realizar a sua ocupação do tempo de lazer de uma forma autónoma ao nível de animação desportiva e da recreação, são áreas afinal de intervenção privilegiada para o poder local, bem como a criação de equipamentos desportivos, como são o exemplo dos centros de lazer, que devem merecer a atenção e a preocupação do trabalho das autarquias locais nesta área, para além dos apoios que normalmente são concedidos ao desporto de gestão tradicional, assentes na estrutura do movimento associativo.

Texto da minha tese de Mestrado
Direcção e Gestão de Desporto

sábado, 6 de novembro de 2010

Ambição vs Ganância

“Nunca digas que não és ambicioso... Isso significará falta de objectivos e, consequentemente, falta de vontade e projectos de vida. Ambição deverás possuir sempre!”

As mudanças pelas quais passamos durante nossa vida são sempre muito interessantes de muitos pontos de vista como os da idade, experiência, meio em que vivemos e momento de necessidade.

A nossa vida tem uma sequência cíclica que nos movimenta em direcção àquilo que almejamos e somos influenciados por este movimento. Em determinadas fases, temos os nossos sonhos e objectivos muito bem desenhados à nossa frente, sejam eles materiais ou emocionais e conforme mudamos de fase esses mesmos sonhos vão sendo redesenhados e adaptados à nova realidade, isso se seguimos um sequência normal de factos que desencadeiam durante nossa vida. Trocando em miúdos temos nossos sonhos de criança, portanto objectivos de criança, mas no meio deles seguem aqueles que duram por toda a vida e da mesma forma os sonhos e objectivos de adolescente onde também alguns deles nos seguem a vida toda e assim também acontece na fase adulta.

Quando chegamos à nossa fase chamada de adulta inicial, queremos apenas ocupar nossos espaços em branco para podermos construir os alicerces da nossa vida e um pouco depois começam a aparecer as ambições em busca de objectivos que muitas vezes acaba se transformando no pesadelo da Ganância, porque trocamos a felicidade pelo poder material.

É normal que sejamos ambiciosos em busca de varias realizações em todos os campos da nossa vida e assim devemos ser, porém quando essa ambição passa a ser gananciosa, ela acaba destruindo toda a nossa busca e transformando nossa vida futura num pesadelo.

A Ganância é o sentimento de busca incondicional e desmedida que uma pessoa propõe a si própria para alcançar sonhos e objectivos, enquanto que a ambição é a razão consciente dessa busca.

O Ganancioso pode ganhar muito materialmente falando, mas perde pessoas, perde importantes parcerias e acaba perdendo a essência do seu próprio futuro, que pode ser a felicidade, enquanto que o ambicioso constrói parcerias e desenha em sua vida um futuro de conquistas em todas as áreas que envolvem a solidez de um ser humano.

Vemos pelo mundo uma grande quantidade de pessoas que se tornaram gananciosas, pela competitividade que o mundo apresenta e eles sequer sabem que estão agindo com ganância, parece até uma atitude inconsciente, apenas corre atrás das coisas defendendo interesses egocêntricos e mesquinhos, fruto apenas da busca desenfreada da satisfação imediata que as conquistas trazem.
Não seria maravilhoso se as pessoas tomassem consciência do quanto estão agindo com ganância e passassem a agir com actos mais humildes em seu dia a dia até nas atitudes mais simples? Por exemplo, uma pessoa ambiciosa quer estacionar seu carro numa vaga próximo a da entrada de um Supermercado e para isso ela aguarda ou procura as vagas que estão dentro do seu objectivo e usa de flexibilidade para ser feliz, já a pessoa gananciosa estaciona na vaga de deficientes, sem se preocupar com as consequências dessa sua atitude e o mais incrível é que essa pessoa se é questionada a respeito, na maioria das vezes não acha que está sem razão, exactamente porque acabou dominada por sua ganância desenfreada.
Mas o importante não é questionar esse comportamento e sim, procurá-lo dentro de nós e tentar mudar isso, porque todos nós estamos sujeitos a sermos dominados por sentimentos egocêntricos como a ganância.

Pense regularmente em suas atitudes na busca dos seus objectivos, busque dentro de você a verdadeira forma de atingir seus sonhos e objectivos, seja persistente àqueles sonhos que o tornarão felizes a longo prazo e o grande bem que podemos fazer neste mundo e que está ao alcance de todos é não prejudicar a nenhum dos nossos semelhantes na busca dos nossos sonhos.


Pense sempre nisso...


Adaptação de texto da Internet

sábado, 30 de outubro de 2010

Crise de Valores

Parece que o mundo está de pernas para o ar. Olhamos para os lados e vemos que os bons não chegam a lado nenhum. E enquanto isso, “os espertos”, os desonestos e os indolentes quase sempre arranjam um "jeitinho" de passar a perna nos outros e levar a melhor.

Em pleno século XXI, quase toda a sociedade considera que existe uma crise de valores, ou pelo menos a falência dos tradicionais. Mas desde sempre esta consciência de crise de valores existiu, numa perspectiva geográfica mais restrita e sem as dimensões de generalização como sucede hoje. A globalização económica, o individualismo e o relativismo, a par do progresso tecnológico, aceleraram a tomada de consciência de crise de valores por parte da população.

Por um lado esbateram-se ou já não existem mesmo critérios seguros para distinção do bem e do mal, do justo e do injusto, entre outras categorias morais e pessoais, imperando pois a subjectividade e o relativismo. Radicalmente, alguns vão mais longe e afirmam mesmo que já não existem sequer valores, tudo é circunstancial. O que era antes intemporal e inalterável, é agora volátil ou inconsistente, passando-se do relativismo à descrença absoluta.

A sociedade hoje em dia tornou-se mais aberta e plural, mais intercultural, assumindo melhor as diferenças, mas também tornou-se mais insegura, violenta, tendendo para a repressão e até para um individualismo egoísta e esvaziado de valores de relações interpessoais. Para muitos analistas, não existe crise, antes abertura; para outros, a maior crise é a incapacidade humana de enfrentar o problema da crise de valores, pois subsiste a ideia de que nas democracias não há valores impessoais ou suprapessoais, parecendo que cada um escolhe os seus.

É claro que nem todo mundo é desonesto, mas, diante do relaxamento dos padrões de honestidade, hoje em dia todos nós acabamos nos vendendo um pouco. As pessoas se defendem, dizendo que são honestas porque não matam nem roubam, mas fazem vista grossa para os pequenos deslizes. Se estão com pressa, estacionam o carro num local proibido ou formam fila dupla no meio da rua, atrapalhando o trânsito. A mesma coisa acontece com os atrasos -"vou chegar atrasado porque todo mundo chega" -, e assim por diante: "vou cobrar acima da inflação porque todo mundo cobra", "vou fazer um favor para ele, mas em troca quero uma vantagem para mim".

E assim, quase sem perceber, cada um de nós é um pouco culpado pelo facto de o mundo estar de pernas para o ar. Isso é o resultado dos pequenos (e dos grandes) exemplos que cada um vai dando. Pois o comportamento humano resulta do meio ambiente, que, ao transmitir exemplos e valores, confere uma visão de mundo para a pessoa. Além desse factor, existe uma predisposição genética, que constitui a índole da pessoa, mas é o meio ambiente que molda essa índole para o lado positivo ou negativo. Como exigir que nossas crianças assimilem os verdadeiros valores, se nós mesmos não damos o exemplo?

É certo que isso não depende só de nós. A inversão de valores toma conta de toda a sociedade e de suas instituições - começando na família e nas empresas e terminando nos políticos. Trata-se de uma crise de valores. Até os mais velhos, formados sob uma moral rígida, estão se acomodando.

A falta de respeito é generalizada. Muitos jovens não respeitam os adultos. E muitos adultos abusam nos cargos de comando - na família, nas empresas, nas repartições. A mesma coisa acontece com as escolas, que hoje limitam-se a informar - e não mais a formar os jovens. A crise de valores decorrente das rápidas transformações do mundo moderno é um fenómeno mundial.

Mas eu gostaria de ir um pouco mais longe. A faceta mais preocupante desta crise de valores reside no facto de nós sermos cada vez mais incapazes de enfrentar o problema da crise de valores. Temos uma grande dificuldade em falar dos valores porque se instalou entre nós a ideia de que, numa democracia, não há valores impessoais ou suprapessoais: cada um escolhe os seus valores, um pouco como os seus gostos, e, obviamente, todos aprendemos que os gostos não se discutem. Viver numa democracia, dizem-nos, é aceitar todos os valores, reconhecer igual direito à expressão de todos os valores e, mais do que isso, reconhecer a todos eles igual consideração e respeito. Proferir juízos sobre os valores dos outros é já uma manifestação de autoritarismo que tem de ser condenada.

sábado, 23 de outubro de 2010

PLANEAMENTO

Toda organização deve, além de definir suas atribuições, ter clareza sobre o rumo a seguir, com o objectivo de atingir o futuro desejado. E é fundamentalmente com essa questão que se ocupa o Planeamento Estratégico.

O Planeamento e a Gestão Estratégica têm a função principal de estabelecer a direcção da organização, promovendo, para isso, o alinhamento dos recursos e esforços da organização. O planeamento e sua respectiva gestão procuram garantir para a organização o desenvolvimento de uma cultura que a leve a fazer a coisa certa no momento certo, e que lhe permita solucionar as duas equações sempre presentes nas decisões organizacionais: a importância e a urgência.

Assim, o foco principal do Planeamento e da Gestão Estratégica concentra-se nas decisões de alta importância (visto que são estratégicas!), as quais devem ser tomadas no tempo certo, porém sem a pressão da urgência, uma vez que são objecto do próprio planeamento.

O primeiro passo do planeamento é o estabelecimento das definições Estratégicas, entendidas como o conjunto de enunciados que permitem identificar a razão de ser da organização, seu caminho rumo ao futuro e os esforços para alcançá-lo.

A Missão é a razão de ser da organização, tendo em vista o seu ambiente de actuação em termos de caracterização da procura e identificação dos beneficiários.
Definida a Missão, parte-se para o enunciado da Visão de Futuro, que expressa externamente o resultado que se espera atingir se a organização cumprir correctamente a sua Missão e projecta internamente a organização no futuro, com as suas novas competências e áreas de actuação.

Essas declarações são complementadas pelas Directrizes Estratégicas, vectores fundamentais da actuação organizacional e eixos a serem considerados para que a instituição, desempenhando a sua Missão, alcance a Visão desejada.

Com a formulação das Declarações Estratégicas, uma outra etapa do processo de planeamento deve ser vencida, com a definição dos Objectivos Estratégicos, que é o conjunto de factos, resultados e comportamentos a serem alcançados em um futuro determinado, para que a organização atinja a Visão de Futuro.

A Gestão Estratégica responde pela operacionalização do Planeamento, o Cliente: Quais são os nossos clientes/beneficiários?
Como criamos valor para o cliente/beneficiário?

A Perspectiva Financeira:
Como criamos valor para o cliente/beneficiário dentro dos nossos limites financeiros? Como financiamos a nossa missão?

Os Processos Internos:
Que processos devemos criar ou tornar mais eficientes para satisfazer os clientes/beneficiários dentro dos contornos financeiros e legais?

O Conhecimento:
O que devemos aprender e desenvolver para crescer e mudar, indo ao encontro do futuro desejado?

O planeamento deve ser entendido como um processo permanente de gestão; sua monitorização, sua avaliação e suas possíveis revisões e readaptações de rumo devem ser incorporadas à cultura da organização. Para isso, cada objectivo deve ser descrito com precisão e deve ser associado a Indicadores e Metas que possibilitem o acompanhamento constante e a avaliação periódica. Os Indicadores mostram como aferir a consecução do Objectivo, enquanto a meta estabelece, geralmente de forma quantitativa, o resultado esperado.

Para permitir a efectiva gestão, deve-se aprofundar o nível de operacionalização, indicando as principais acções que levarão ao cumprimento de cada objectivo estratégico. As Acções, por sua vez, poderão gerar projectos específicos, em relação aos quais se aplicam os conceitos e a metodologia de Gestão de Projectos.

A efectividade do Planeamento e da Gestão Estratégica depende dos recursos, principalmente humanos, além dos tecnológicos, que a organização disponibiliza para a sua monitorização e avaliação. A estrutura organizacional da organização, os órgãos de execução e as assessorias deverão estar fortemente empenhados nas tarefas da Gestão Estratégica.

Finalmente, cabe destacar o modo como devem ser obtidas as Definições Estratégicas e como serão definidos os Objectivos Estratégicos. O processo deve contar, primeiramente, com a efectiva liderança dos líderes, de envolver a participação dos principais pessoas vinculadas à organização. Esse grupo de pessoas deve fazer parte de sucessivos workshops que, após um franco e enriquecedor processo de discussão, será validado os principais componentes do processo de Planeamento.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Os Serviços Sociais dos Municípios

Fim dos subsídios dos Municípios aos serviços Sociais dos Trabalhadores das Câmaras Municipais visando a concessão de benefícios sociais e/ou prestação de cuidados de saúde aos seus funcionários e respectivos familiares

A base do fim destes subsídios está um relatório elaborado pelo Tribunal de Contas, na sequência da auditoria efectuada em 30 Municípios sobre transferências e apoios financeiros concedidos pelos Municípios a instituições sem fins lucrativos, pode ler-se a seguinte conclusão:

- “Foram atribuídos apoios a entidades, criadas pelos funcionários dos municípios, destinados à concessão de benefícios sociais aos próprios e a familiares, em violação do disposto no art. 156º da Lei de Orçamento de Estado para 2007. Os actos são passíveis de eventual responsabilidade financeira sancionatória e reintegratória, nos termos da al. b) do nº1 do art. 65º e do nº4 do art. 59º da Lei nº98/97, de 26/08, na redacção dada pela Lei nº48/2006, de 29/08, respectivamente;”.

- No mesmo relatório pode ainda ler-se o seguinte:

- “No âmbito da presente auditoria, verificou-se que, de entre os 30 municípios auditados, 12 procederam a transferências financeiras para entidades criadas ao abrigo da al. p) do art. 64º da Lei nº 169/99, de 18/09;

- “(…) instituições legalmente existentes, criadas ou participadas pelo município ou criadas pelos seus funcionários, visando a concessão de benefícios sociais aos mesmos e respectivos familiares (…)”, tendo por escopo a concessão de benefícios sociais e/ou prestação de cuidados de saúde aos seus funcionários e respectivos familiares que, no ano de 2007, ascendeu ao valor global de €12.688.142;

- Com a publicação da Lei nº53-A/06, de 29/12, e de acordo com o disposto no seu art. 156º, “Cessam, com efeitos a 1 de Janeiro de 2007, quaisquer financiamentos públicos de sistemas particulares de protecção social ou de cuidados de saúde.”;

Justificação dos Municípios auditados

- Apesar da previsão legal supra transcrita, os municípios auditados sustentaram a continuidade da atribuição de apoios destinados à concessão de benefícios sociais e/ou prestação de cuidados de saúde aos seus funcionários e respectivos familiares, num parecer emitido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRAL) onde pode ler-se que, em relação à correcta compreensão da supra mencionada norma da LOE” (Lei do orçamento de estado) (…) importa reconhecer que o propósito fundamental parece ser o de evitar duplicação de financiamentos (provindos do orçamento estadual) que pudessem ser canalizados para as mesmas finalidades – protecção social e cuidados de saúde – mas por intermédio de sistemas diferentes (públicos e privados), de modo a não permitir a acumulação de prestações de idêntica natureza por parte de um mesmo beneficiário (…)” concluindo que “(…). Não obstante do ponto de vista material o artigo 156º da Lei do Orçamento de Estado para 2007, visar restringir a atribuição de incentivos financeiros públicos a sistemas particulares de protecção social ou de cuidados de saúde (…) esta norma não se aplica à administração local e, designadamente, aos subsídios atribuídos pelos municípios (…) considerando relevante “(…) a conjugação coerente de três factores (a autonomia financeira constitucionalmente reconhecida às autarquias locais, as características transparecidas da redacção do artigo 156º e o modo como este surge inserido no articulado da lei (…)”.

Parecer do Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento (GSEAO)

- No entanto, face às dúvidas que permaneceram sobre a presente matéria, foi solicitado ao Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento (GSEAO) parecer sobre a abrangência da aplicação do citado normativo, o qual foi emitido com a concordância do Senhor Secretário de Estado (SEAO) por despacho exarado em 08/03/09, nos seguintes termos: “(…) parece-nos que aos municípios caberá o exercício da competência legalmente atribuída à Câmara Municipal, de atribuir subsídios a entidades prestadoras de benefícios sociais aos funcionários dos municípios e bem assim aos familiares respectivos, âmbito no qual se insere o financiamento municipal de sistema de prestação de cuidados de saúde aos agentes apontados (…)” aduzindo que “(…) Caso a finalidade da norma fosse a de limitar a acção dos municípios num domínio que é da sua competência, tê-lo-ia feito de forma explícita, pois estaria a limitar o exercício de competências municipais e, consequentemente, a interferir na esfera da autonomia local (…). (…) Mostra-se por isso conveniente a criação de um regime legal que assegure a densificação legislativa destes apoios financeiros, onde se garanta o respeito pelo princípio da igualdade e também pelos outros princípios a que se subordina a atribuição de benefícios sociais complementares pela Administração Pública, como é o caso da adequação, não cumulação e responsabilidade da entidade que atribui o benefício (…)”. - Não obstante as posições apresentadas, afigura-se que as mesmas não merecem acolhimento, por três ordens de razão:


Os motivos pelos quais o Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e do Orçamento (GSEAO) diz que não devem ser atribuídos os subsídios:

a) o preceito em causa, mais do que proibir uma cumulação indevida de subsídios, assegurados por diferentes sistemas (público e privado) determina, outrossim, a cessação de quaisquer financiamentos públicos a sistemas de protecção social, não precedendo à distinção entre Administração Central e Local;

b) a recente evolução legislativa operada na Administração Pública harmonizou os sistemas de protecção social e de cuidados de saúde para os trabalhadores da administração pública, e fez cessar os subsistemas públicos de apoio aos cuidados de saúde dos funcionários, porquanto a aceitação de um “sistema paralelo” nas autarquias locais, configuraria uma violação ao princípio da igualdade entre funcionários sujeitos ao regime da função pública;

c) a aplicação às autarquias locais da norma do artº 156º da LOE, inserido na capítulo relativo às disposições finais, resulta da sua natureza de medida legislativa estranha ao orçamento, sem restrição do seu âmbito de aplicação, por isso aplicável a toda a Administração Pública, cuja vigência vai para além do período orçamental sendo, vulgarmente, conhecida como cavaleiro orçamental. Neste sentido se pronunciou já o Tribunal de Contas, através dos Acórdãos nº5/08, de 26.02, da 1ª S/PL e nº 08/09, de 18.02, da 1ªS/PL, onde se defende que a assumpção de despesas com um esquema de protecção social cumulativo com o sistema público, com idênticas coberturas, viola o princípio da não cumulabilidade dos benefícios de idêntica natureza, com fundamento em razões de economia e eficiência, a par de razões de justiça social, igualdade e equidade.

Por tudo o exposto, conclui-se que as transferências efectuadas, no ano de 2007, para as entidades criadas ao abrigo da al. p) do art. 64º da Lei nº 169/99, de 18/09, pelos 12 municípios acima identificados, e que têm por escopo a concessão de benefícios sociais e/ou prestação de cuidados de saúde aos seus funcionários e familiares, consubstanciam o financiamento de sistemas particulares de protecção social e de cuidados de saúde “paralelos” aos existentes na AP, pelo que se encontram feridas do vício de violação de lei.

A minha opinião sobre o assunto, na qual defendo que os Municípios não deveriam deixar de atribuir os ditos subsídios:


- Uma das justificações para proibir a atribuição de subsídios é que a atribuição destes subsídios é uma cumulação indevida de subsídios, assegurados por diferentes sistemas (público e privado). – Então e a autonomia do Poder Local? Justifica-se a existência dos Municípios quando é o governo que decide sobre todas as matérias? Então e outros subsídios que são atribuídos nomeadamente a associações desportivas e IPSS não são muito deles para apoio à protecção da saúde, sendo que existem funcionários dos municípios que são englobados nesses apoios, se calhar foi esquecimento do governo.

- O segundo motivo fala que estes apoios “configuraria uma violação ao princípio da igualdade entre funcionários sujeitos ao regime da função pública”, então que princípio é este que é só neste apoio que tem que existir o principio da igualdade, verifiquem por exemplo quando ganha um funcionário numa determinada categoria num município e quanto ganha um funcionário na mesma categoria em certos institutos governamentais espalhados pelo País, é isto o princípio da igualdade?

- O Terceiro motivo é que “a aplicação às autarquias locais da norma do artº 156º da LOE, inserido na capítulo relativo às disposições finais, resulta da sua natureza de medida legislativa estranha ao orçamento, sem restrição do seu âmbito de aplicação, por isso aplicável a toda a Administração Pública, cuja vigência vai para além do período orçamental sendo, vulgarmente, conhecida como cavaleiro orçamental”, Relativamente a isto questiono-me, o que diz o artº156 do OE 2007 é para as autarquias locais? A LOE não cessa com o fim do Orçamento?, - vamos por partes – Entende o GSEAO que é para as autarquias, como não diz nada aplica-se também às autarquias. (o que dizer?) Relativamente ao artº 156 estar ainda em vigor, o GSEAO justifica-se dizendo que é uma “medida estranha ao orçamento”(…) “cuja vigência vai para além do período orçamental sendo, vulgarmente, conhecida como cavaleiro orçamental”, pois é, mas o que ninguém justificou é que normalmente estes “cavaleiros orçamentais” são usados em empréstimos, logo se prolongam em tempo superior à duração do orçamento, mas tem estipulado o tempo de duração.


CONCLUSÕES

Os Serviços Sociais dos Trabalhadores das Câmaras Municipais deste País tem por objectivo promover a elevação do nível de qualidade de vida dos seus associados e familiares, nomeadamente no âmbito da promoção e protecção da saúde e educação, como é a comparticipação financeira das despesas médicas e de medicamentos. Neste sentido, a estas associações é reconhecida o mérito e o interesse destas associações para os funcionários das Autarquias.
Recentemente, o Tribunal de Contas emitiu um parecer que levanta algumas objecções à atribuição dos subsídios por parte dos Municípios aos Serviços Sociais. Contudo, trata-se apenas de uma recomendação do Tribunal de Contas, baseada ao que sabemos no art.º 156 da Lei do Orçamento de Estado aprovado em 2007, que algumas interpretações (EX. Dr. Marcelo Rebelo de Sousa) referem não ser aplicável às Autarquias Locais.
Os Serviços Sociais dos Trabalhadores das Câmaras Municipais estão legalmente constituídos em associação, sendo esta uma conquista de Abril. Por outro lado, a Lei 169/99 e suas alterações que estabelece o quadro de competências das autarquias, confere autonomia às edilidades para atribuição deste subsídio, e uma recomendação nunca se poderá sobrepor a uma Lei.
Por tudo isto entendo que os Municípios deviam continuar a subsidiar estas associações, embora entenda o receio dos eleitos locais, tendo por base o parecer do tribunal de contas “(…)os actos são passíveis de eventual responsabilidade financeira sancionatória e reintegratória, nos termos da al. b) do nº1 do art. 65º e do nº4 do art. 59º da Lei nº98/97, de 26/08, na redacção dada pela Lei nº48/2006, de 29/08,(…)”, mas se houver uma análise cuidada de toda a situação, acredito que a maioria dos juristas dariam razão aos Municípios no que concerne a este apoio. Por isso e porque as grandes conquistas foram feitas através da coragem dos homens, penso que os Municípios deviam continuar a subsidiar estas associações e também porque ninguém está acima da lei e existe na Lei o princípio do contraditório, consagrado no artigo 13º da Lei n.º 98/97, de 26 de Agosto, com redacção que lhe foi dada pela Lei nº 48/2006, de 29 de Agosto.

sábado, 25 de setembro de 2010

A Vaidade

Já imaginou uma novela ou filme apenas com o protagonista? Sem actores coadjuvantes, figurantes, técnicos, figurinistas, coreógrafos... E o nosso corpo? Cada célula realiza o seu trabalho, os labores interligam-se e complementam-se, para que todo o organismo funcione. Sem a união de incontáveis gotas, não teríamos o mar, mesmo a pequenina gota inexistiria sem a congregação de moléculas, e as moléculas são o resultado de uma aliança de átomos. A vida é um confluir de forças e processos, na natureza tudo interage e correlaciona-se, dando-nos um exemplo a seguir, uma lição que temos nos recusado a aprender.

Tem gente que se acha, coloca-se numa redoma de vaidade e ilusão, enxerga-se acima dos outros, um ser plenamente independente e intocável, senhor de todas as vontades, auto-suficiente... Infectados pela presunção orgulhosa, costumam vomitar a tola frase: eu não preciso de ninguém!

Todos precisam de todos, viver é interagir, o existir é feito de trocas e influências mútuas: quantas pessoas laboram, para que possamos tomar um simples café da manhã? O trabalho de quantos, foi necessário para que vistamos nossas roupas? Quantos anónimos garantem o funcionamento da cidade? Quantas gerações passaram, para que estejamos aqui? Quantas mãos foram necessárias, para que possamos usar um computador, a internet, um automóvel, uma casa mobilada, ter dinheiro no banco, viajar, consumir?

A existência não é uma melodia de uma nota só, a diversidade, adequadamente estruturada, garante a harmonia da música. Não existem notas mais importantes ou menos importantes, todas têm o seu lugar, seu papel na composição.

Resta uma pergunta: existe, quem não precise de ninguém? Não… …mas ainda existem pessoas que pensam que não precisam.

sábado, 18 de setembro de 2010

Qualidade de vida

Ainda que eu pudesse gritar e dizer tudo o que sinto às vezes, as pessoas não fariam ideia do que estaria falando... Porque às vezes nem eu entendo, também não conseguiria nomear certos sentimentos, e a solução que encontro para aliviar certos sentimentos, é a escrever…Esta reflexão é sobre qualidade de vida. Qualidade de vida é uma responsabilidade individual. Compreender isso é essencial!
Claro que o conjunto das escolhas das outras pessoas interfere na sua qualidade de vida, assim como suas escolhas interferem na qualidade de vida delas - interferem, não determinam!
O que determina a sua qualidade de vida são suas prioridades. As suas prioridades, não as dos outros!
Nenhuma organização é responsável pela qualidade de vida de seus funcionários. Ela deveria ser responsável por oferecer as melhores condições para que cada funcionário tenha a melhor qualidade de vida possível no trabalho. Qualidade de vida no trabalho não equivale, e nem poderia, à qualidade de vida como um todo, mas considerando que passamos uma grande parte do dia em actividades profissionais, descuidar deste aspecto da qualidade de vida é grave!
Ainda mais importante que as escolhas que a organização faz e que impactam sobre sua qualidade de vida, são as escolhas que você faz sobre como vai reagir às particularidades do quotidiano no trabalho.
Você não tem como controlar o que a vida vai colocar a sua frente a cada dia, mas tem como controlar (aprender e transformar) suas reacções diante dos factos. Quando Sartre escreveu "o inferno são os outros" ele estava ironizando a característica humana de culpar e transferir responsabilidade, egoisticamente, para os outros sobre aspectos que cabem de maneira intransferível a cada indivíduo.
Se emprestarmos o princípio da Melhoria Contínua da Qualidade Total "todo trabalho pode e deve ser melhorado" para a nossa vida como um todo, estaremos tomando uma decisão muito sábia.
Qualidade de vida é um conceito e um estado dinâmico, não estático!
Qualidade de vida significa harmonia e bem-estar nos aspectos mentais, físicos e espirituais que envolvem nossa vida em todas as esferas: afectiva, profissional, relacional, etc.
Cada área de nossas vidas precisa possuir metas e prioridades bem definidas. O que mais afecta a qualidade de vida das pessoas é a perda de energia que se reflecte em perda de entusiasmo, motivação, prazer, produtividade.
Sempre que você notar que o nível de sua qualidade de vida caiu, pergunte-se: Quais estão sendo as minhas reais prioridades?
Eu digo prioridades reais, não as que você diz possuir, mas aquelas que você vive de facto.
Se você diz que saúde é uma prioridade, observe o que de concreto você está fazendo por ela. Seus hábitos são saudáveis? Mais saudáveis que no trimestre passado?

Se sua prioridade é ampliar seu conhecimento em determinada área, quanto do seu tempo você vem dedicando a isso? Com que frequência, determinação e produtividade?

Em geral as pessoas declaram como prioridades coisas que não tratam desta maneira e continuam sempre queixosas sobre a sua baixa qualidade de vida.

Qualidade de vida é um conjunto de escolhas pertinentes a cada indivíduo e contempla as particularidades de cada indivíduo. Cada um de nós possui limites de esforço diferentes, energia disponível diferente, capacidade de adaptação diferente, crenças e valores diferentes. Sua qualidade de vida depende essencialmente de quem você é de facto. Por isso, pessoas que não se dedicaram a se conhecer melhor apresentam sempre pior qualidade de vida. Se você não sabe definir bem a si mesmo, não definirá bem suas prioridades!
Nada nos faz perder mais energia que a indecisão e o desconhecimento de nossas prioridades.
Eu chamo isso “a neurose da indecisão e da falta de prioridade!”
Mude suas prioridades e você mudará sua vida como um todo!
Somos todos responsáveis pelas prioridades que fazemos, e acredite, obter sucesso é plenamente compatível com uma vida saudável e feliz, basta aprender a estar em um lugar de cada vez e viver intensamente esta oportunidade!

(compilação de textos internet)

sábado, 11 de setembro de 2010

“… somos todos iguais”

O governo tem obrigação de zelar pela diminuição das mortes na estrada, mas o seu modo de abordar o problema está provado ser aquele que mais mortes poderão causar. Faz praticamente o contrário, em tudo diferente das medidas tomadas nos países europeus que na década de 1950 tinham um número de mortes dos mais elevados.

Na Europa, as medidas adoptadas foram de dois tipos. Civilizar as pessoas na condução e corrigir a sinalização de modo a torná-la informativa e simultaneamente adequada, tornando-a quase intuitiva, donde fácil de seguir, lógica e credível.

Em Portugal, no que respeita à sinalização, após os curtos ou longos documentários de erros, confusões e outras barbaridades que nos têm mostrado através dos anos, não se tem verificado interesse da parte dos responsáveis da sinalização nem mesmo pela fiscalização. À parte estes erros, existem outros não menos importantes sempre com a sinalização. São aqueles que convidam ao desrespeito dos próprios sinais. Entre estes destacam-se os limites de velocidade estupidamente afixados. Nos outros países a velocidade máxima é fixada com uma margem de 10Km/h abaixo da máxima sem perigo, como margem de segurança. Em Portugal, pelo que se observa, as velocidades máximas sinalizadas devem ser atribuídas de acordo com um lançamento de dados, ou então segundo a opinião de qualquer perturbado mental a quem o irresponsável do serviço se lembrou de perguntar que limite deveria fixar. Em alguns desses sinais, a disparidade entre o lógico e o afixado é verdadeiramente descomunal, e a decisão financeira.

Que poderá isto originar nos condutores, senão a noção correcta de que essa sinalização não tem qualquer utilidade? Conduz-se sem realmente se saber a que velocidade se deve adaptar em circunstâncias com sinais de limites, pelo que na maioria dos casos não se dá a mínima importância ao sinal, a não ser que poderá haver alguma diferença do restante percurso, mas nem isso é sempre certo. A desobediência à sinalização é deste modo eficientemente favorecida e estimulada.

Que tem feito o governo no sentido de corrigir a enorme quantidade de sinais nestas condições ou nas restantes acima mencionadas? Deste modo, tem prestado o seu melhor contributo para a manutenção das mortes, dos acidentes e de outras dificuldades com origem nestas causas. O governo tem feito o contrário que se fez nos países para reduzir drasticamente as mortes na estrada e acidentes em geral.

Quanto à outra parte, a do civismo e da educação dos condutores, jamais o assunto foi abordado. Pior, visto ser a causa número um da grande maioria dos acidentes e ninguém o mencionar, tudo leva a crer que até a polícia deva estar proibida de tocar no assunto. Nos outros países, as autoridades, associações e clubes automobilistas, anúncios em jornais e revistas, etc., jogaram forte nesse ponto para obterem os resultados necessários. Mesmo depois das grandes campanhas que produziram drásticas diminuições do número de acidentes, prosseguiram o esforço com lembretes sobre o comportamento na condução na óbvia intenção duma redução contínua. Sempre com êxito.

É este o fulcro da questão e a origem da grande maioria dos acidentes: o civismo e o comportamento de quem conduz, tanto na estrada como quando bebe.

É bem conhecido o ditado que em Portugal se encobre e que diz que «é na estrada que se vê o civismo dum povo». Pelo que todos os que conduzem conhecem, do modo como os portugueses em geral conduzem, dificilmente poderiam ser mais incivilizados e mal educados. Evidentemente, o civismo não se limita ao modo de conduzir, e a educação está patenteada em todas as situações da vida ou quase. Ao longo das últimas décadas, um povo política e democraticamente imaturo desenvolveu a crença aberrante e catastrófica de que democracia era fazer (ou poder fazer) tudo que der na gana de qualquer abrutado, em que os direitos dos outros estão sempre depois dos seus, muito depois; que só se devem respeitar os direitos alheios desde que eu faça o que me apetecer. Ora aqui está o princípio básico da má educação e da falta de civismo no seu mais puro estilo selvagem. Como quase todos assim se comportam, passou a ser a característica geral nacional.

Esta característica e os hábitos que a definem estão tão arreigados no espírito das pessoas que elas estão sincera e estupidamente convencidas de que são realmente democráticas e civilizadas. Foram assim amestradas pelas oligarquias políticas que aplicaram o princípio basilar do marketing, que diz «se tu és OK, eu sou OK». Traduzindo para política, «se te crês honesto, civilizado e cumpridor, mesmo que não o sejas, eu também assim pareço para ti, pelo que votarás em mim». A corja jornaleira procedeu de modo idêntico com a intenção de encobrir a podridão política concomitante com a de vender papel. De lembrar que, contrariamente àquilo de que esses mesmos nos têm querido convencer, de que a Abrilada foi a conquista da liberdade para todos, a realidade é que ele foi-o apenas para esses dois grupos, pois que a restante população nada ganhou com o golpe, basta ver o estado em que ambos em conjunto puseram o país.

Foi deste modo que um povo, na sua generalidade de bons sentimentos, honesto, civilizado (pelo menos para a época) e trabalhador foi moldado por esses dois bandos que o transformaram naquilo que actualmente são: uns pobres diabos miseráveis pedantes, pobretões por não terem cabeça para conseguir o que lhes faz falta, mal educados dissimulados, incivilizados e mesmo ladrões (até do material de escritório dos seus locais de trabalho se apossam). Não se compreende que reclamem pelo comportamento dos políticos, sendo como eles. Não foram todos criados por pais idênticos e em escolas idênticas. Por isso que não são iguais, mas idênticos. Isto tornou o povo no mais atrasado, incivilizado, calão e de maus fundos da Europa, não obstante crerem-se o oposto. Obviamente, sem reconhecimento do que está mal nada se pode melhorar.

Pelos discursos dos políticos, pelo modo como utilizam o marketing político e como disso se servem, sabemos que eles sabem o que vale a população, pois que quase sempre conseguem enganá-la com sucesso e ela jamais consegue dominá-los nem obrigá-los a cumprir os seus deveres de procurarem o bem da população.

sábado, 4 de setembro de 2010

Somos todos uns ignorantes…

Perante a possibilidade de adquirir novos conhecimentos, a humildade é a atitude mais estimulante e construtiva que existe. O conhecimento acumulado por todos os homens é tão extenso, profundo e potente que se cada um pudesse pesar numa balança o que sabe e o comparasse com o que desconhece, chegaria sem dúvida à conclusão de que somos uns pobres ignorantes.
A humildade é o fenómeno que faz crescer o conhecimento. Em qualquer assunto, os “sabichões” que recusam qualquer conflito alheio e desprezam o que não resulta dos seus próprios critérios, a única coisa que conseguem é blindar o seu cérebro do ar fresco do exterior: entraram num processo de oxidação e enferrujamento dos seus neurónios.
Não há dúvida de que a maior transformação a que estamos a assistir e que configura silenciosamente um Mundo radicalmente novo é a democratização do conhecimento, um bem supremo que historicamente esteve sempre limitado a certas elites. Nunca na história da humanidade tantas pessoas se formaram em universidades e escolas. A enciclopédia foi substituída por umas pequeninas teclas, que podemos transportar na algibeira, com acesso ao Google, ou ao Yahoo.
O nível de conhecimento médio nos vários ramos do saber não pára de aumentar. Numa expectativa de eleição do saber, sobremos de excesso de informação.
Vivemos na época mais fascinante da extensão do saber. Para que os que querem participar activamente no caminho do desenvolvimento, nunca antes houve tanta estrada a percorrer.
É por isto que é tão decisivo estarmos atentos e absorventes. Inteligente é aquele de que cada vez que aprende alguma coisa reforça a consciência da sua ignorância.

sábado, 28 de agosto de 2010

Os Recursos humanos não podem ser facilmente substituídas da mesma maneira que se substitui uma peça num carro…

Valorizar os recursos humanos de uma instituição é acrescer o seu valor, proporcionando às pessoas oportunidades de aquisição de novos conhecimentos e de desenvolvimento de habilidades e de competências necessárias ao desempenho de actividades nos diferentes níveis da organização, bem como a manutenção de sua própria empregabilidade. Enfim, valorização de recursos humanos é entender o homem na perspectiva de ver seus anseios atendidos, de ter o seu trabalho reconhecido, de fazê-lo sentir-se parte.
Conscientes de que o seu crescimento só ocorrerá se houver o desenvolvimento de seu principal recurso - o homem, as instituições têm que tentar nas suas Políticas de Desenvolvimento de Recursos Humanos, conhecer e descobrir potencialidades, despertar a criatividade, permitir a inovação e, ao mesmo tempo, atrair cérebros e fixar o contingente intelectual formado, visando, ao mesmo tempo, o atendimento das necessidades pessoais e institucionais. É preciso construir uma cultura organizacional mais sólida, com ênfase na lealdade, no empenho e no comprometimento, em relação aos objectivos Institucionais.
As organizações têm que ter em mente que os investimentos em tecnologia, em facilidades e aparatos técnicos, materiais e infra-estruturais são absolutamente ineficientes sem igual preocupação com os recursos humanos. A experiência mostra que as organizações de mais baixa eficiência são aquelas sem fins lucrativos e/ou instituições públicas que, por não sofrerem pressões por resultados operacionais, são exactamente as que menos investem em seu pessoal. Necessário se faz, portanto, romper este paradigma.
Estruturar e Implantar Políticas de Desenvolvimento e Fixação de Recursos Humanos, deve sintetizar a visão e a preocupação das organizações, em ter quadros que permitam uma mudança de patamar no que respeita ao cumprimento de sua missão institucional estratégica.
Sem pessoas não existem organizações, ou se houver não vivem, mas é uma coisa só no papel.

Houve um dirigente duma grande empresa que uma vez disse: "todos os dias a propriedade mais valiosa da empresa sai pelas portas e volta no dia a seguir", referindo-se as pessoas, que têm mais valor que um prédio, carros ou procedimentos.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Os adolescentes

Hoje em dia, a probabilidade dos adolescentes se envolverem em comportamentos de risco, que afectam o bem-estar individual, é cada vez maior, surgindo assim a necessidade de intervir no sentido de os ajudar a serem bem sucedidos durante a adolescência, juventude e, posteriormente, enquanto adultos.

A adolescência é a altura mais apropriada para ensinar competências de vida. Durante este período, os indivíduos enfrentam um conjunto cada vez mais complexo de novos papéis e, ao mesmo tempo, necessitam de rejeitar ou modificar papéis anteriormente adquiridos. Os novos papéis implicam várias mudanças, no sentido em que os jovens têm que executar novas tarefas: desenvolver certas competências, lidar com emoções, tornarem-se autónomos, estabelecerem e desenvolverem relacionamentos interpessoais mais maduros, clarificarem objectivos e desenvolverem a integridade pessoal. Esta categorização inclui mudanças biológicas (no início da puberdade), mudanças de referência (de criança para adolescente e depois para jovem) e «recolocação» física (do 1.º ciclo do ensino básico para o 2.º ou 3.º). Até a criança atingir a idade da adolescência, os membros da família são, normalmente, a influência mais forte.
No entanto, nesta altura ocorrem também mudanças sociais significativas, relacionadas essencialmente com o facto dos grupos de colegas se tornarem na maior e mais influente fonte a afectar o comportamento e os valores dos adolescentes. Paralelamente, como os adolescentes passam uma parte significativa do dia na escola, o que acontece nesse contexto vai seguramente influenciar o seu comportamento. No entanto, também, não podemos minimizar a importância dos contextos extra-escolares, pois o facto dos jovens passarem mais tempo fora da escola que na escola faz com que esse período possa ser considerado de risco, especialmente se os pais estiverem a trabalhar e não existir ninguém a supervisioná-los. Assim, envolver os jovens em programas extra-escolares significativos e eficazes durante este período de constantes mudanças, em que podem começar a mostrar indícios de problemas de comportamento (ex: fumar, faltar à escola), constitui sem dúvida um desafio notável para os educadores.

As intervenções com adolescentes devem aumentar os comportamentos de promoção da saúde e, simultaneamente, diminuir comportamentos de risco, que possam comprometer a saúde.
Entre os comportamentos que comprometem a saúde encontram-se o abuso de drogas e álcool, comportamentos violentos e delinquentes, actividades sexuais prematuras e desprotegidas (que podem resultar numa gravidez indesejada ou em doenças sexualmente transmissíveis como a SIDA) e abandono da escola.
Normalmente, quando os jovens experienciam problemas numa destas áreas têm maiores probabilidades de terem problemas noutras áreas.
No entanto, se os adolescentes tiverem opções de vida saudáveis (competências de vida associadas com o sucesso futuro), eles serão capazes de evitar comportamentos não-saudáveis. Nesse sentido, torna-se necessário tentar desenvolver intervenções centradas em comportamentos que promovam a saúde, ensinando aos adolescentes «aquilo a que devem dizer sim», em vez de aprenderem «aquilo a que devem dizer não», procurando assim reduzir o número de comportamentos de risco e, ao mesmo tempo, aumentar o número de comportamentos de promoção da saúde.

O futuro é importante para os jovens e aqueles que não tiverem expectativas futuras positivas têm maior probabilidade de se envolverem em comportamentos de risco. De uma forma geral, existem investigadores que afirmam existir uma relação entre os comportamentos de risco, ou comportamentos problema e expectativas futuras negativas. De facto, enquanto que os jovens com expectativas positivas vêem a sua participação na sociedade como tendo recompensas a longo-prazo, os adolescentes com expectativas futuras negativas, como não se sentem valorizados pela sociedade, preocupam-se menos com o seu envolvimento em comportamentos problema. Por isso, o risco de elevado consumo de álcool da adolescência para o início da idade adulta, de abuso de substâncias, de actividades sexuais desprotegidas e de delinquência é claramente maior nestes jovens do que em jovens que têm confiança no futuro.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

GESTÃO PÚBLICA

A actividade económica do Estado alcançou no início deste milénio uma presença bastante forte. No final do século XX, os países-membros da OCDE dedicavam cerca de 40% do seu Produto Interno Bruto a actividades de natureza pública, taxa que na União Europeia chegava a situar-se em cerca de 50%.
Todavia, estes indicadores evidenciam uma amostra parcial do alcance real da intervenção do Estado em sentido lato na economia dos países em apreço. Uma Câmara Municipal, um Governo Regional, um empresa pública ou de capital 100% público, uma direcção-geral, ou a Assembleia da República intervêm de diversas maneiras na economia: publicam leis, regulam preços, organizam a segurança, sancionam, produzem bens e serviços, introduzem impostos, subvencionam actividades e transferem o rendimento e a riqueza. Não há agente económico, família ou empresa que possa dizer que o público ou o estatal não o afecta.
O estudo das políticas públicas mais não é do que a análise das actividades do Estado no seio da sociedade. Análise que reclama a intervenção de muitas disciplinas tais como: finanças públicas, economia pública, sociologia, ciência política, direito e a gestão.
Todavia, antes de aprofundar o conceito de gestão pública convirá relacioná-lo com o de Administração Pública.
Quando se tenta relacionar a gestão pública com a Administração Pública parece-nos que esta é mais vasta do que aquela. A gestão pública afigura – se – nos como uma subárea da Administração Pública.
Entendemos a gestão pública como sendo no seu essencial e em primeiro lugar - gestão - no sentido em que actualmente se toma este termo na economia e na teoria das organizações: conjunto de decisões dirigidas a motivar e coordenar as pessoas para alcançarem metas e objectivos individuais e colectivos. Centra-se em instrumentos e técnicas por um lado, e conhecimentos e habilidades por outro, indispensáveis ao alcance de objectivos.
O adjectivo «pública» que associamos ao substantivo determina o âmbito de actuação da gestão. É pública pela natureza e fins que almeja e pelo contexto político em que actua.
Numa perspectiva sociológica, a gestão tanto pública como privada é fundamentalmente um instrumento racional destinado à realização de objectivos e metas instrumentais, marcado teoricamente pela teoria dos sistemas. Numa perspectiva económica, a gestão pública é a aplicação de princípios de micro economia clássica e da economia das organizações a problemas de natureza social e à obtenção de objectivos públicos, com recurso a organizações de natureza pública.
A gestão pública transforma ideias e políticas, democraticamente sufragadas, em programas de acção, levados à prática e, posteriormente, avaliados. Estes programas correspondem à satisfação de objectivos públicos que, por sua vez, são o resultado da agregação de preferências individuais.
As organizações públicas devem comportar-se com eficiência, eficácia e economia (os três E) e conformar-se com a legalidade, actuando num contexto político.
Um ponto de grande interesse, hoje, para a ciência política e para a sociologia das organizações é compreender quais as continuidades e descontinuidades entre uma assembleia-geral de uma sociedade anónima e um acto eleitoral para as autarquias locais.
Outro ponto de interesse é compreender o que possa haver de comum entre os administradores eleitos pela assembleia-geral e os políticos eleitos pelos eleitores de uma determinada região geográfica.
Por último, mas não menos importante, é entender as diferenças entre os administradores eleitos e os directores dessa sociedade anónima e os políticos eleitos e os dirigentes da Câmara Municipal (directores de serviço, chefes de divisão, etc.).
Dada a aproximação progressiva que se constata entre a gestão privada e a pública, será de toda a conveniência clarificar estas aproximações e distâncias entre realidades dos dois sectores.
Frequentemente, enfrentamos problemas de semântica em virtude de os nossos interlocutores, ao falarem, partirem de determinados pressupostos e imagens que estão longe de estar clarificados.
A afirmação «os eleitores/munícipes são os accionistas do governo local» é uma simples metáfora ou é algo mais do que isso? Metáfora ou realidade, esta é a grande questão que afecta a governação autárquica nos nossos dias.

“Texto do livro – A governação nas Autarquias Locais”

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

O TRIUNFADOR

O triunfador é aquele que consegue um grande reconhecimento social porque fez algo admirável que é impossível de igualar para a maior parte das pessoas.

Na nossa infância / adolescência todos fomos triunfadores em potência. Emitíamos sinais que evidenciavam um forte interesse ou uma habilidade concreta, possivelmente por traços genéticos que ainda hoje a ciência não consegue explicar.

O que terá acontecido, em muitos casos, para não nos termos transformado em grandes triunfadores? Aconteceu o que continua a acontecer: a cultura e tradição dos adultos, pais e docentes que deviam exercer o importante papel de exploradores dos tesouros ocultos das crianças, raras vezes o exercem. Pelo contrário, esmagam e arruínam vezes sem conta fantasias, esperanças e sonhos, simplesmente porque entendem que muitas vezes as minas se escondem atrás de um pequeno e por vezes praticamente imperceptível filão. Decidem o futuro impondo as suas debilidades, em vez de estimular as energias.

Desde a infância ou adolescência, o triunfador é um ser que vive intensamente apaixonado por aquilo que mais lhe interessa. É um anão em tamanho e um gigante em obsessão. E, graças a esta obsessão, procura, absorve e integra no seu cérebro uma qualidade e quantidade de informação e desejo que para outros não tem especial importância. A sua vontade de entender e ser, multiplicam e estimulam a sua existência.

Quando o anão cresce, se desfrutou em tenra idade o sabor do reconhecimento e o alimentou com nova energia, normalmente o seu progresso é imparável. E o seu desenvolvimento tem características muito concretas.

Uma vez adulto procede da mesma maneira porque o triunfador, em qualquer idade, é um adulto com alma de menino grande.

Para os que têm o digno objectivo de uma vida serena, ser triunfador é uma «seca»: o termo «obcecado» pode, inclusive, assemelhar-se a um certo vírus maléfico e depreciativo.

Por sua vez, os triunfadores pensam exactamente o contrário a respeito de quem não é contaminado por eles. Para os triunfadores, «seca» é a vida sem a obsessão do êxito.

sábado, 31 de julho de 2010

A estória do elefante

A estória do elefante
(autor desconhecido)


Um elefante no circo fazia sensação pelo seu tamanho, pelo peso e força descomunal que demonstrava durante a sua actuação. Contudo, depois de actuar e enquanto não voltava à pista do circo o elefante ficava preso unicamente com uma corrente ligada a uma pequena estaca cravada no solo.

Estranhava -se que uma pequena estaca e uma frágil corrente mantivessem preso um animal capaz de derrubar uma frondosa árvore somente com a sua força. Qual a razão que essa força não era utilizada para arrancar a corrente e fugir?

Alguém perguntou mas davam justificações pouco convincentes. Diziam muitas vezes que não fugia por estar amestrado. Mas se estava amestrado qual a razão para o prenderem? Nunca deram uma resposta coerente e esta dúvida acabou por ficar submersa no baú das memórias.

Um dia a vida vivida deu a resposta a esta questão. “O elefante do circo não fugia pois havia estado preso a uma estaca semelhante desde muito jovem”. Por certo, nessa altura, o elefante esforçou-se, tentou soltar-se e não conseguiu. No dia seguinte nova tentativa sem êxito. E no dia seguinte. E no outro... A estaca era nessa época muito forte para ele.

Até que um dia, um terrível dia na sua vida, o animal aceitou a sua impotência e resignou-se ao destino.

O elefante agora enorme não foge porque pensa que não pode. Tem registado na memória a recordação da sua impotência e jamais voltou a questionar esta situação. Jamais voltou a tentar por à prova a sua força para se libertar da prisão da corrente e da estaca.

Cada um de nós somos um pouco como este elefante. Percorremos a vida com estacas (preconceitos) que nos limitam a liberdade. Vivemos crendo numa série de coisas que “não podemos”, simplesmente porque alguma vez tentámos e não pudemos. Gravamos nas nossas recordações: “Não posso!”. “Não posso e nunca poderei!”.

A única forma de saber a verdade, é tentar de novo...


Jamais, jamais voltou a colocar em prova sua força, e isso muitas vezes acontece com todos nós! Vivemos acreditando em muitas coisas que "não podemos, que não vamos conseguir", por mais que tentemos, simplesmente porque, quando éramos crianças e inexperientes, algo não deu certo ou ouvimos tantos "nãos", que isso ficou gravado na nossa memória com tanta força, que perdemos a criatividade e aceitamos o: "sempre foi assim".

De vez em quando sentimos as correntes e confirmamos o estigma: "Não posso, nunca poderei, é muito grande para mim!". A única maneira é tentar de novo e não ter medo de enfrentar as barreiras, colocar muita coragem no coração e não ter medo de arrebentar as correntes.

Assim como o elefante, o homem também pode ser amestrado a ser submisso, a ser cegamente obediente, a nada questionar. É só acorrentá-lo, algo que lhe provoque dor ou sentimento de negação do próprio ser. Claro que falamos de correntes no sentido figurado, mas essas correntes existem, embora poucos as enxerguem.

Às vezes, as correntes são subtis, quase imperceptíveis. Obrigar a pessoa a andar com as mãos para trás, de cabeça baixa, sem motivo, apenas para mostrar quem é que manda, que a pessoa deve apenas obedecer, sem questionar, sem procurar uma lógica, uma explicação para aquilo. Se não cumprir, castigo, muitas vezes velado, escuso, obscuro. Notas, serviços, perseguição... A corrente está lá, se você fizer força, ela vai cumprir com o objectivo de prender e de o esmagar. A dor é para moldar a submissão ilimitada. Animal não pensa. A vida animal exige poucas ideias.

Depois de domesticado, o homem está pronto para cumprir a missão a qualquer hora do dia ou da noite, sem exigir nada. Apenas cumpre, sem reclamar, sem procurar uma lógica, sem ponderar. Foi domesticado a ser obediente, submisso. Tudo pelo interesse do dono, de seus caprichos, de suas disposições.

O homem não sabe a força que tem. Se unido com seus pares, ele é invencível. Mas, ao lhe mostrarem algo semelhante a uma corrente, ele logo se resigna. O drama do pensamento lhe traz recordações das dores da domesticação. A corrente está no subconsciente. Ele pensa que não pode, que não tem força...

As correntes estão lá, encarcerando-o, mas ele não vê.

Nós não podemos ser assim, porque ….

« Na batalha da vida aquilo que conta não é a crítica, nem quem aponta os deslizes cometidos pelos que trabalham, nem quem assinala os pequenos erros que poderiam ser melhorados numa determinada tarefa que foi cumprida. O crédito deve ser dado pelo contrário, aos que efectivamente se encontram no palco da acção, com faces marcadas pelo suor, pela poeira e pelo sangue; aos que se esforçam por encontrar; aos que erram e voltam a tentar, por saberem que não pode haver evolução sem erros; aos que procuram efectivamente fazer algo de concreto; aos que conhecem o entusiasmo e a devoção; que defendem uma causa que lhes parece justa; aqueles que, se tudo lhes correr bem, podem no fim conhecer o prazer das grandes realizações mas que se falharem, fazem-no depois de tentarem conseguir um objectivo, pelo que o seu lugar nunca pode ser ao lado daqueles que, frios e tímidos, nunca experimentaram nem a vitória nem a derrota».

THEODORE ROOSEVELT

domingo, 25 de julho de 2010

A Burocracia

A burocracia continua a ser, em pleno século XXI, um tormento para os que por necessidade ou falta de opção caem em suas malhas. As relações estabelecidas entre as instituições e pessoas são, por vezes, cruéis, insensíveis aos dramas pessoais, à pressa da vida quotidiana e ao desejo de resolver problemas.

Condena-se os serviços públicos que estão emaranhados em normas e papéis, inúmeros papéis. Mas a irracionalidade é que é a lógica da burocracia, que funciona mais de acordo com os seus próprios interesses – isto é, os dos burocratas e seus superiores – do que o interesse do serviço que apelidam estar representando. Aliás, é sempre assim que surge a defesa. ‘Eles’ dizem que defendem a moralidade pública, a ‘eficiência’, o bem público e o interesse colectivo. Reclamam dos que não aceitam as normas. Dizem que estão sempre certos e que todos devem aceitar suas autoridades, dando a elas um carácter divino.

Na maioria dos casos, trata-se de mera retórica, no pior sentido que esta palavra possa ter. Tudo se passa ao contrário, o que os defensores da burocracia realmente desejam é manter o ‘controle’ sobre as pessoas, impedir o livre fluxo da vida, paralisar a concessão de direitos e celebrar os seus próprios interesses. Obviamente, há momentos que eles cedem, quando, por exemplo, um poder maior determina que procedam de modo diverso. A existência desta possibilidade demonstra que é possível combater a monstruosidade das burocracias, desde que existam interesses nesta direcção.

Há algum tempo, defensores da informatização afirmavam que ela seria capaz de tornar a burocracia mais leve. Tudo não passou de mais uma doce ilusão. A burocracia transferiu-se, parcialmente, para a memória física e para as teclas dos computadores, mudando quase nada no que se refere aos seus maiores pecados: a morosidade e o esmagamento das pessoas com seu discurso opressivo e com as inúmeras ‘provas’ exigidas, isto é, papéis para repetir o mesmo de sempre. As filas continuam crescendo e os serviços continuaram confusos e caóticos.

É verdadeiro que na esfera privada a burocracia tende a ser menos pesada. Isto não quer dizer que não exista, e que também não penalize os seus clientes. Basta ver, o tratamento que os ‘clientes’ recebem nos bancos e o incrível número de denúncias contra estes, bem como contra as empresas privatizadas que fornecem serviços públicos.

Os burocratas deveriam ser obrigados a fazer cursos de direitos humanos, a lerem Kafka e a leccionarem sobre o que é uma democracia a sério. Deveriam ser punidos exemplarmente por seus actos, alguns muito graves. Demitir os teimosos e cobrar multas elevadas por não cumprirem suas funções com dignidade, poderiam ser algumas das medidas possíveis de serem tomadas. Os que estão em funções burocráticas e as exercem com a dignidade necessária deveriam ser premiados, erguidos às chefias e dado a eles condições para humanizar os serviços em que trabalham. A ditadura acabou, mas a da burocracia contínua viva e isto é um problema social a ser enfrentado por todos.

sábado, 10 de julho de 2010

“Os filhos são o melhor investimento que podemos fazer”

O papel do pai tem-se alterado ao longo dos tempos. Houve épocas em que ele era um ditador de regras e normas a serem obedecidas. Ao longo dos tempos, tem ocorrido uma mudança neste papel, sobretudo nas últimas décadas. De facto, pode-se dizer que a condição de pai evoluiu mais na última geração que em dois milénios, impulsionada por marcantes transformações culturais, sociais e familiares.
No início do século passado, o pai ainda desempenhava essencialmente uma função educadora e disciplinadora, segundo códigos frequentemente rígidos e repressivos.
A interacção pai/filho era reduzida nos primeiros anos de vida, bem como a sua participação nos cuidados diários à criança.

Essencialmente depois da II Guerra Mundial e em consequência de alterações profundas que se deram na sociedade ocidental (ambos os pais empregados e as
dificuldades económicas) o pai foi-se tornando cada vez mais participativo.
Historicamente, o pai nunca foi uma presença muito constante no quotidiano doméstico. Sempre coube ao homem o papel de prover o sustento da família. À mulher pelo menos até umas décadas atrás, competia o cuidado com a casa e a
educação dos filhos. Dessa forma, criava-se uma desigualdade enorme em relação ao papel desempenhado pelo pai e pela mãe na família: pois enquanto a presença da mãe era marcante na vida do filhos e era ela quem conhecia profundamente cada membro da família, o pai era praticamente um desconhecido, pois aparecia pouco em casa e quando estava lá, era quase tratado como uma visita que precisava de descansar e que não podia ser incomodada.

Talvez ainda hoje para muitos filhos, o pai continue a ser uma espécie de estranho, um sujeito que fica pouco em casa e que tem uma autoridade que por vezes chega a irritar.

No entanto as mudanças que falei antes que ocorreram na sociedade afectaram os homens de modo geral. Antes um homem sentia-se muito bem no seu papel na
família, e não se importava se a educação dos filhos ia bem ou mal, pois afinal não era esse o seu papel, pois ele estava ocupado demais a trabalhar para se incomodar com isso. A partir do momento em que a mulher foi para o mercado de trabalho e quando se começou a falar da importância da presença do pai na vida das crianças, o homem passou a sentir-se mais responsável pelo que acontece em sua casa e com os seus filhos. Mas muitos pais ainda não sabem como agir diante das responsabilidades com os filhos e esposa, pois os homens não têm uma educação muito voltada para assumir o seu papel de pai. Para a grande maioria dos pais o grande desafio tem sido o assumir esse papel de participante activo do quotidiano familiar, de acompanhar a escola e as conquistas das crianças e de ser a fonte de apoio quando os filhos precisam de segurança.

Logo ao nascer o bebé e a mãe criam um vínculo de estreita dependência que é necessário à sobrevivência dele. Isto torna-se essencial pois o bebé depende exclusivamente dos cuidados maternos para ser alimentado, tocado e acariciado.
É nesta hora que o papel do pai se faz necessário pois, sendo o terceiro elemento a entrar nesta relação, ele vem quebrar um pouco esta relação dual, criando uma relação triangular.

Muitas vezes, as mulheres não permitem a participação do pai, pensando que o mesmo não saberá lidar adequadamente com o filho; outras vezes não permite por achar que o papel da mãe é cuidar exclusivamente do bebé. É importante que o pai participe desde os primeiros dias da educação e cuidados com o filho.
Nas fases seguintes, quando o bebé passa a explorar o mundo externo, novamente a figura paterna é importante para incentivá-lo a tomar a iniciativa de conhecer o ambiente que o cerca. A mãe geralmente tende a exagerar nos cuidados para proteger o seu bebé, cabendo ao pai o papel de animá-lo a aventurar-se mais.
Os pequenos progressos da criança ao enfrentar o mundo, sempre incentivado pelo pai, vão sedimentando os seus sentimentos quanto às suas habilidades e ao seu próprio valor enquanto pessoa.

É reconhecido um importante papel do pai no desenvolvimento da criança: a interacção pai/filho é um dos factores decisivos para o seu desenvolvimento cognitivo e social, facilitando a capacidade de aprendizagem e de integração da criança na comunidade.

A razão principal pela qual o pai deve ter um relacionamento adequado com seu filho, é porque um dia esse filho tornar-se-á adulto e levará essa imagem reflectida por toda a sua vida.
Essa imagem, é uma herança preciosa que os filhos carregam, herança que se reflectirá na maneira como serão pais mais tarde; uma herança quase que perpétua, passada de geração a geração, perpetuando a imagem, a função e a importância do pai na formação de um adulto.

A intervenção do pai com o filho deve ser o mais precoce possível. Pode começar durante a gravidez da mãe, com o apoio e cuidados que deve prestar a esta, e os laços de afectividade que aí se poderão estabelecer.

O pai tem passado, ao longo dos tempos, de um papel preferencialmente disciplinar e sem qualquer envolvimento na infância precoce, para uma participação mais activa, quer na prestação de cuidados básicos, quer na de parceiro interactivo.
Estas sensibilizações da sociedade têm-se reflectido em modificações importantes inclusivamente de âmbito jurídico/legal.
O pai foi invadindo progressivamente o território anteriormente propriedade quase exclusiva da mãe e tornou-se tão competente a tratar dos filhos como ela e as diferenças entre pai e mãe são cada vez mais individuais do que de género.
O pai terá feito uma das últimas grandes conquistas do Homem, quando aceita (e com sucesso) o desafio da descoberta do bebé, esse ser que o surpreende,
que o entende e com o qual pode comunicar em perfeita sintonia desde o primeiro momento da sua vida.
Actualmente fala-se muito em auto-estima, porém esquece-se de salientar o
quanto o papel do pai é fundamental neste processo.
Um outro ponto que vale a pena ressaltar é que o pai fornece um modelo de
conduta para o seu filho, é com ele que se aprende a ser homem. Para a menina o relacionamento com o pai permite-lhe compreender como funciona o
universo masculino, e em função disto, aprende a lidar com as figuras masculinas na sua vida afectiva.
Ter uma boa relação com o pai não é exactamente ter no pai um companheiro e um amigo que encara com naturalidade todo e qualquer pedido que se faça. Pai é pai; amigo é amigo. O pai pode e deve ouvir, ajudar e ser compreensivo, mas sempre como pai, diferentemente dos amigos da escola ou do grupo. É claro que nem sempre se consegue corresponder a todas as expectativas ou suprir todas as necessidades dos filhos. Da mesma forma os filhos também não agem sempre da forma como os pais gostariam, mas estamos a falar de seres humanos e não de gente perfeita. Por isso a compreensão é a palavra - chave na relação entre o pai e os seus filhos.

Hoje podemos delinear pais mais presentes. No entanto, o ideal ainda está longe de ser real.
De uma maneira geral, a função do pai é dar apoio à estrutura familiar, usando a razão como factor preponderante, e aqueles pais que entendem as suas responsabilidades, formam juntos com a mãe a estrutura familiar para dar aos filhos, a qualidade que eles merecem.
Creio que o papel ideal do pai, é vivenciar o crescimento dos filhos, dar-lhes o apoio e segurança a que o seu papel compete, e ir soltando o laço afectivo, para que estes adquiram a confiança necessária em si e na vida.
Mas este pai, às vezes tem problemas e sérios problemas na relação com estes filhos. Muitos perdem-se nos padrões herdados de autoritarismo, outros competem com as mães nos afectos pelos filhos, outros apenas se submetem às
ordens da sua esposa e outros repetem os laços das suas mães, vivendo assim na relação de pai/filho, um lado mais feminino do que o seu esperado lado masculino.

O Papel de pai, tem tanta importância como o da mãe na estruturação de uma personalidade, pois se a natureza fez com que nenhum dos dois conseguisse sozinho esta proeza, é porque nós só evoluímos em conjunto, ou seja, mesmo individualmente, a nossa evolução é colectiva e pai e mãe têm a sua parte a fazer numa relação com os filhos. É a emoção, o afecto a razão e a disciplina tudo junto.

O pai tem o importante papel de formar o carácter do filho e dar-lhe uma referência para que este possa aplicá-la na sua vida. Para isso o pai precisa estar presente. A ausência do pai é um caso sério que, infelizmente, é muito comum.

Actualmente, existem muitas mães solteiras ou separadas que precisam criar os seus filhos, dar-lhes toda atenção e assistência necessárias. Muitas delas conseguem suprir todas estas necessidades, não só financeiras, como na formação da criança, exercendo uma função de pai e mãe ao mesmo tempo. O filho requer muito da presença paterna. Certamente, existem casos de pais que não têm o mínimo interesse na formação do carácter dos seus filhos, o que pode causar problemas e distúrbios na formação destas crianças. Todavia, é bom deixar claro que pai não é aquele que gera, mas aquele que cuida.
Existem muitos padrastos extraordinários que tomaram para si a responsabilidade e para a criança são como verdadeiros pais. E há outros que embora pais as maltratam.

Devemos conversar sempre e muito com os nossos filhos. E, se fazem algo que é errado, procurar manter um diálogo e fazê-los entender que tal atitude é incorrecta. O papel do pai com os filhos é estar presente, atento, acompanhando o seu desenvolvimento na escola, enfim, acompanhá-los no dia-a-dia. Este é um bom momento para que possamos reflectir qual é o verdadeiro papel do pai, faço uma pergunta: tu, pai, tens exercido bem o teu papel? Os filhos levam para a vida a referência paterna e aplicam-na no seu dia a dia. A vida é uma sequência, o que se aprende hoje aplica-se amanhã.
Estudos constataram que as crianças em idade escolar, nas famílias em que o pai também cuidava delas quando eram pequeninas, demonstram um aumento significativo do seu QI, maior tempo de atenção e mais vontade de aprender. (Terry Brazelton).

Na nova distribuição igualitária dos papéis masculino e feminino, o homem como marido, como pai e como educador tem sido o principal alvo de transformação.

Não quero ser exagerado com este modesto contributo, mas procuro que os filhos recebam o melhor na formação da sua personalidade. Como sabemos, há virtudes muito necessárias que não estão na moda, pelo que, lutar por vivê-las, requer, nalgumas ocasiões, singularizar-se, simplesmente porque a nossa vida e a dos filhos choca com o ambiente. Quando se é coerente, fortalece-se a família, constitui-se um ponto de referência para os outros e, sobretudo, educam-se bem os filhos, o que é o melhor investimento que podemos fazer.

(Este texto é uma compilação de artigos sobre crianças retirados da internet)

Quando o pai não é presente:

• Meninas têm 2,5 vezes mais propensão a engravidarem na adolescência e 53% mais possibilidades de cometerem suicídio

• Meninos têm 63% mais possibilidades de fugirem de casa e 37% mais possibilidades de utilizarem drogas

• Meninos e meninas têm duas vezes mais possibilidades de acabarem na cadeia e aproximadamente quatro vezes mais possibilidades de necessitarem de cuidados profissionais para problemas emocionais ou de comportamento.

Fonte - estatísticas: Departamento de Serviços Humanos e Social dos EUA

sábado, 3 de julho de 2010

Planificação

Planear o futuro, seja a curto, médio ou a longo prazo, significa o estar a antecipar vários cenários possíveis, ou seja, estar a programar, mostrando que se é capaz de conceber objectivos em função dos recursos disponíveis ao mesmo tempo que se vai delineando estratégias tendo como objectivo a sua concretização.
Ao planearmos, preparando as decisões com o fim de alcançar os objectivos, temos como finalidade melhorar o uso e a gestão dos recursos e consequentemente melhorar a nossa qualidade de vida.

Ao planearmos iremos fazer uma melhor gestão do tempo, tendo sempre em atenção o enquadramento em que estamos inseridos, as nossas qualificações e competências quer a nível pessoal quer a nível profissional, os factores financeiros, ou seja, temos de ter em conta os constrangimentos que poderão influenciar o planeamento.
Este planeamento irá ajudar-nos na nossa gestão pessoal e a atingir os objectivos que nos propomos atingir ao longo da nossa vida

Os quarenta e dois quilómetros de uma maratona não são necessariamente a corrida mais dura que existe. Esta competição é uma brincadeira de crianças comparada com a que fazemos dia após dia, e que só raras ocasiões nos deixa respirar: uma corrida chamada «própria vida».

Decidir onde queremos chegar ou, numa perspectiva mais ampla, decidir com um certo à-vontade para onde no dirigimos é pôr em prática o nosso talento e rentabilizar a nossa energia.

Quem avança aos tombos sem saber para onde vai arrisca-se a criar demasiadas oportunidades de fracasso pessoal, pois pode acabar no meio de paisagens que não interessam para nada e em que não se sabe ao certo o que se está lá a fazer. O passado é sempre irrepetível.

Todos nós chegamos a uma fase da vida em que nos colocamos grandes interrogações pessoais para decidir o que vamos fazer connosco próprios. É a fase decisiva em que rastreamos os desejos, interesses, conhecimentos e experiências, inclinações, vocações, paixões, companheiros, amigos e conhecidos, toda a envolvência que nos vai ajudar ou que nos pode prejudicar. É necessário, nessa altura, entrar num processo sublime de introversão, voar entre desejos, atentos à nossa pista de descolagem e à nossa própria energia, pois só estas nos permitirão levantar voo. E tomar decisões, mesmo que sem inteira confiança nelas, contudo concentrados num determinado objectivo, cientes de que enquanto vida biológica não nos vai colocar num voo sem possibilidade de mudar de rumo e de destino.

Depois de escolhida uma meta é determinante, a meu ver, passá-la ao papel. Fazer um plano a três, quatro ou no máximo cinco anos, definindo o que se quer alcançar e o que achamos ser necessário ao longo desse tempo para a atingir. Não é um diário íntimo em que alguns descrevem o seu passado; é o mapa do futuro que desejamos e os seus possíveis rumos. Quanto menos palavras, mais concretização e menos dúvidas. Verdadeiramente determinante é abri-lo pelo menos em cada três meses para nos reencontrarmo-nos connosco próprios num processo de análise e meditação, avaliando o rumo que estamos a seguir e as possíveis melhorias, mudanças ou rectificações que temos que fazer.

O simples facto de fazermos um plano não significa que alcancemos a meta, mas desviamo-nos menos.

A vida de cada um de nós poderá ser mais agradável e menos penosa, se a planificarmos, se a gerirmos bem e se tivermos presente que só poderemos viver com o que temos.

sábado, 26 de junho de 2010

O Mercado de trabalho

Como vivemos numa sociedade de cultura competitiva, a vida acaba sempre por ser uma corrida.

Os anos de estudo são a preparação para arrancar para o circuito, aquisição de um conjunto de conhecimentos que vão alimentando os nossos neurónios para construir o motor que nos vai permitir competir.

Até ao dia em que nos entregam um diploma que contém uma avaliação que mede a potência do nosso motor. Termina o patrocínio da família ou da bolsa de estudo.
Pela frente temos apenas a solidão a poeirada do nosso circuito profissional, ocupado pelos que o percorrem há anos e por outros que chegam a toda a hora à linha de partida. E são muitos os que querem ganhar.

Os conhecimentos que adquirimos são o nosso motor, a nossa aptidão.
Contudo, na corrida da vida, o factor decisivo para os nossos avanços, derrapagens, saídas da pista, aceleramentos e subidas ao pódio é a nossa atitude.

Algumas pessoas, depois de conquistarem um diploma, o seu título, penduram – no na parede e ali ficam junto dele. Julgam que já chegaram à meta e ignoram que se existir um mínimo de concorrência na actividade que exercem o seu diploma é apenas um bilhete de entrada na corrida.

Para ganhar é preciso desejar perdidamente ganhar, algo a que no futebol se chama «fome de golo» - uma excelente definição para as equipas que saltam em campo convencidas da vitória -, e que se sacia com esforço, talento e perspicácia.

Sem a soma permanente destes atributos, o conhecimento adquirido é um maravilhoso motor parado.

Não devemos cometer o erro de ficar -mos convencidos de que acumular qualificações é uma colecção de sabedoria.

Quando nós terminamos a escola ou universidade para colocar o título na parede e terminamos a jornada de aprendizagem, começa a corrida que cada um corre de forma autónoma.

O conhecimento é um motor parado. A universidade e a escola só ajudam a criar esse motor. Quando temos um título é apenas o tempo de acolhimento e devemos começar a dar. Entras na concorrência do mercado de trabalho, a corrida da vida.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

O líder

A primeira pergunta que normalmente faz sobre a motivação das pessoas é: "qual é a maneira de estimular uma equipa desmotivada?". Primeiro, precisamos entender a causa da desmotivação da equipa para ser capaz de agir de forma eficaz. Em segundo lugar, existem vários factores que levam a esse Estado. Em terceiro lugar, além de entender a causa da desmotivação, nós precisamos entender o comportamento dos funcionários para perceber se é desmotivação ou falta de outras competências. Como exemplo, temos uma falta de iniciativa ou de prontidão. Em quarto lugar, vemos que o líder de sucesso deve observar os dois lados da moeda: resultado e motivação.

Assim, o líder completo é aquele que consegue resultados não esquecendo a motivação.

Os manuais explicam que ser um bom líder é aquele que sabe como se comportar adequadamente, de acordo com as mais diversas situações. Ou seja, que podem realizar cada um e pode adaptar o método de liderança às circunstâncias, como também é aquele que é flexível, agindo de acordo com o estilo do liderado e da sua equipa. Ou que deve ser sincero e transparente, pró-activo, curioso, audaz, auto motivado, motivador, a assumir riscos; apresentar uma atitude positiva diante da vida, autoconhecimento, visão para o futuro e, acima de tudo, ter um equilíbrio emocional.

Nunca deve usar, no seu discurso, a palavra "funcionário", mas sim “colaborador”; não deverá falar, “eu", mas "nós" e, no final do seu discurso, agradecer a todos dizendo que fazem parte de um grande da família.

Cada vez mais a liderança está envolvida em grandes desafios, particularmente consideramos dois: 1- Gerar e gerir o equilíbrio entre produtividade e motivação; 2- estabelecer uma verdadeira parceria na busca da melhoria contínua e desenvolvimento. Em ambos, a importância da criatividade e da inovação.

Não espere da equipa aquilo que você não é; Numa organização nada ocorre de baixo para cima. O líder, ou dá o exemplo, ou nada ou pouco acontece, mas não se pode exigir que o pessoal trabalhe em equipa se líder da equipa não trabalha. Não se espera que as pessoas sejam criativas, se o líder bloqueia ou inibe as novas ideias. É pelas pequenas atitudes e comportamentos que emitimos, que passamos a visão e os nossos valores da realidade.

Não devemos representar personagens em filmes de ficção, a liderança deve ser por sua própria conduta. A experiência sugere também que a maioria das atitudes positivas ou negativas só são tomadas quando os homens estão no grupo, pois, sozinhos estes não se manifestam. Desta forma, o sucesso de uma organização é substancialmente influenciado pelo desempenho de diversos grupos que interagem entre si e toda a hierarquia da organização, tanto vertical como horizontalmente.

As pessoas que efectivamente se envolvam, "vestem a camisola” da organização, quando se emocionam pelo que fazem, percebem a possibilidade de criar, inovar, fazer diferente. Eu gostaria de realçar mais: Os líderes que são responsáveis pelos resultados duma organização, deverão lembrar-se que em todo o processo, há pessoas e pessoas que lidam com pessoas!