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sábado, 25 de setembro de 2010

A Vaidade

Já imaginou uma novela ou filme apenas com o protagonista? Sem actores coadjuvantes, figurantes, técnicos, figurinistas, coreógrafos... E o nosso corpo? Cada célula realiza o seu trabalho, os labores interligam-se e complementam-se, para que todo o organismo funcione. Sem a união de incontáveis gotas, não teríamos o mar, mesmo a pequenina gota inexistiria sem a congregação de moléculas, e as moléculas são o resultado de uma aliança de átomos. A vida é um confluir de forças e processos, na natureza tudo interage e correlaciona-se, dando-nos um exemplo a seguir, uma lição que temos nos recusado a aprender.

Tem gente que se acha, coloca-se numa redoma de vaidade e ilusão, enxerga-se acima dos outros, um ser plenamente independente e intocável, senhor de todas as vontades, auto-suficiente... Infectados pela presunção orgulhosa, costumam vomitar a tola frase: eu não preciso de ninguém!

Todos precisam de todos, viver é interagir, o existir é feito de trocas e influências mútuas: quantas pessoas laboram, para que possamos tomar um simples café da manhã? O trabalho de quantos, foi necessário para que vistamos nossas roupas? Quantos anónimos garantem o funcionamento da cidade? Quantas gerações passaram, para que estejamos aqui? Quantas mãos foram necessárias, para que possamos usar um computador, a internet, um automóvel, uma casa mobilada, ter dinheiro no banco, viajar, consumir?

A existência não é uma melodia de uma nota só, a diversidade, adequadamente estruturada, garante a harmonia da música. Não existem notas mais importantes ou menos importantes, todas têm o seu lugar, seu papel na composição.

Resta uma pergunta: existe, quem não precise de ninguém? Não… …mas ainda existem pessoas que pensam que não precisam.

sábado, 18 de setembro de 2010

Qualidade de vida

Ainda que eu pudesse gritar e dizer tudo o que sinto às vezes, as pessoas não fariam ideia do que estaria falando... Porque às vezes nem eu entendo, também não conseguiria nomear certos sentimentos, e a solução que encontro para aliviar certos sentimentos, é a escrever…Esta reflexão é sobre qualidade de vida. Qualidade de vida é uma responsabilidade individual. Compreender isso é essencial!
Claro que o conjunto das escolhas das outras pessoas interfere na sua qualidade de vida, assim como suas escolhas interferem na qualidade de vida delas - interferem, não determinam!
O que determina a sua qualidade de vida são suas prioridades. As suas prioridades, não as dos outros!
Nenhuma organização é responsável pela qualidade de vida de seus funcionários. Ela deveria ser responsável por oferecer as melhores condições para que cada funcionário tenha a melhor qualidade de vida possível no trabalho. Qualidade de vida no trabalho não equivale, e nem poderia, à qualidade de vida como um todo, mas considerando que passamos uma grande parte do dia em actividades profissionais, descuidar deste aspecto da qualidade de vida é grave!
Ainda mais importante que as escolhas que a organização faz e que impactam sobre sua qualidade de vida, são as escolhas que você faz sobre como vai reagir às particularidades do quotidiano no trabalho.
Você não tem como controlar o que a vida vai colocar a sua frente a cada dia, mas tem como controlar (aprender e transformar) suas reacções diante dos factos. Quando Sartre escreveu "o inferno são os outros" ele estava ironizando a característica humana de culpar e transferir responsabilidade, egoisticamente, para os outros sobre aspectos que cabem de maneira intransferível a cada indivíduo.
Se emprestarmos o princípio da Melhoria Contínua da Qualidade Total "todo trabalho pode e deve ser melhorado" para a nossa vida como um todo, estaremos tomando uma decisão muito sábia.
Qualidade de vida é um conceito e um estado dinâmico, não estático!
Qualidade de vida significa harmonia e bem-estar nos aspectos mentais, físicos e espirituais que envolvem nossa vida em todas as esferas: afectiva, profissional, relacional, etc.
Cada área de nossas vidas precisa possuir metas e prioridades bem definidas. O que mais afecta a qualidade de vida das pessoas é a perda de energia que se reflecte em perda de entusiasmo, motivação, prazer, produtividade.
Sempre que você notar que o nível de sua qualidade de vida caiu, pergunte-se: Quais estão sendo as minhas reais prioridades?
Eu digo prioridades reais, não as que você diz possuir, mas aquelas que você vive de facto.
Se você diz que saúde é uma prioridade, observe o que de concreto você está fazendo por ela. Seus hábitos são saudáveis? Mais saudáveis que no trimestre passado?

Se sua prioridade é ampliar seu conhecimento em determinada área, quanto do seu tempo você vem dedicando a isso? Com que frequência, determinação e produtividade?

Em geral as pessoas declaram como prioridades coisas que não tratam desta maneira e continuam sempre queixosas sobre a sua baixa qualidade de vida.

Qualidade de vida é um conjunto de escolhas pertinentes a cada indivíduo e contempla as particularidades de cada indivíduo. Cada um de nós possui limites de esforço diferentes, energia disponível diferente, capacidade de adaptação diferente, crenças e valores diferentes. Sua qualidade de vida depende essencialmente de quem você é de facto. Por isso, pessoas que não se dedicaram a se conhecer melhor apresentam sempre pior qualidade de vida. Se você não sabe definir bem a si mesmo, não definirá bem suas prioridades!
Nada nos faz perder mais energia que a indecisão e o desconhecimento de nossas prioridades.
Eu chamo isso “a neurose da indecisão e da falta de prioridade!”
Mude suas prioridades e você mudará sua vida como um todo!
Somos todos responsáveis pelas prioridades que fazemos, e acredite, obter sucesso é plenamente compatível com uma vida saudável e feliz, basta aprender a estar em um lugar de cada vez e viver intensamente esta oportunidade!

(compilação de textos internet)

sábado, 11 de setembro de 2010

“… somos todos iguais”

O governo tem obrigação de zelar pela diminuição das mortes na estrada, mas o seu modo de abordar o problema está provado ser aquele que mais mortes poderão causar. Faz praticamente o contrário, em tudo diferente das medidas tomadas nos países europeus que na década de 1950 tinham um número de mortes dos mais elevados.

Na Europa, as medidas adoptadas foram de dois tipos. Civilizar as pessoas na condução e corrigir a sinalização de modo a torná-la informativa e simultaneamente adequada, tornando-a quase intuitiva, donde fácil de seguir, lógica e credível.

Em Portugal, no que respeita à sinalização, após os curtos ou longos documentários de erros, confusões e outras barbaridades que nos têm mostrado através dos anos, não se tem verificado interesse da parte dos responsáveis da sinalização nem mesmo pela fiscalização. À parte estes erros, existem outros não menos importantes sempre com a sinalização. São aqueles que convidam ao desrespeito dos próprios sinais. Entre estes destacam-se os limites de velocidade estupidamente afixados. Nos outros países a velocidade máxima é fixada com uma margem de 10Km/h abaixo da máxima sem perigo, como margem de segurança. Em Portugal, pelo que se observa, as velocidades máximas sinalizadas devem ser atribuídas de acordo com um lançamento de dados, ou então segundo a opinião de qualquer perturbado mental a quem o irresponsável do serviço se lembrou de perguntar que limite deveria fixar. Em alguns desses sinais, a disparidade entre o lógico e o afixado é verdadeiramente descomunal, e a decisão financeira.

Que poderá isto originar nos condutores, senão a noção correcta de que essa sinalização não tem qualquer utilidade? Conduz-se sem realmente se saber a que velocidade se deve adaptar em circunstâncias com sinais de limites, pelo que na maioria dos casos não se dá a mínima importância ao sinal, a não ser que poderá haver alguma diferença do restante percurso, mas nem isso é sempre certo. A desobediência à sinalização é deste modo eficientemente favorecida e estimulada.

Que tem feito o governo no sentido de corrigir a enorme quantidade de sinais nestas condições ou nas restantes acima mencionadas? Deste modo, tem prestado o seu melhor contributo para a manutenção das mortes, dos acidentes e de outras dificuldades com origem nestas causas. O governo tem feito o contrário que se fez nos países para reduzir drasticamente as mortes na estrada e acidentes em geral.

Quanto à outra parte, a do civismo e da educação dos condutores, jamais o assunto foi abordado. Pior, visto ser a causa número um da grande maioria dos acidentes e ninguém o mencionar, tudo leva a crer que até a polícia deva estar proibida de tocar no assunto. Nos outros países, as autoridades, associações e clubes automobilistas, anúncios em jornais e revistas, etc., jogaram forte nesse ponto para obterem os resultados necessários. Mesmo depois das grandes campanhas que produziram drásticas diminuições do número de acidentes, prosseguiram o esforço com lembretes sobre o comportamento na condução na óbvia intenção duma redução contínua. Sempre com êxito.

É este o fulcro da questão e a origem da grande maioria dos acidentes: o civismo e o comportamento de quem conduz, tanto na estrada como quando bebe.

É bem conhecido o ditado que em Portugal se encobre e que diz que «é na estrada que se vê o civismo dum povo». Pelo que todos os que conduzem conhecem, do modo como os portugueses em geral conduzem, dificilmente poderiam ser mais incivilizados e mal educados. Evidentemente, o civismo não se limita ao modo de conduzir, e a educação está patenteada em todas as situações da vida ou quase. Ao longo das últimas décadas, um povo política e democraticamente imaturo desenvolveu a crença aberrante e catastrófica de que democracia era fazer (ou poder fazer) tudo que der na gana de qualquer abrutado, em que os direitos dos outros estão sempre depois dos seus, muito depois; que só se devem respeitar os direitos alheios desde que eu faça o que me apetecer. Ora aqui está o princípio básico da má educação e da falta de civismo no seu mais puro estilo selvagem. Como quase todos assim se comportam, passou a ser a característica geral nacional.

Esta característica e os hábitos que a definem estão tão arreigados no espírito das pessoas que elas estão sincera e estupidamente convencidas de que são realmente democráticas e civilizadas. Foram assim amestradas pelas oligarquias políticas que aplicaram o princípio basilar do marketing, que diz «se tu és OK, eu sou OK». Traduzindo para política, «se te crês honesto, civilizado e cumpridor, mesmo que não o sejas, eu também assim pareço para ti, pelo que votarás em mim». A corja jornaleira procedeu de modo idêntico com a intenção de encobrir a podridão política concomitante com a de vender papel. De lembrar que, contrariamente àquilo de que esses mesmos nos têm querido convencer, de que a Abrilada foi a conquista da liberdade para todos, a realidade é que ele foi-o apenas para esses dois grupos, pois que a restante população nada ganhou com o golpe, basta ver o estado em que ambos em conjunto puseram o país.

Foi deste modo que um povo, na sua generalidade de bons sentimentos, honesto, civilizado (pelo menos para a época) e trabalhador foi moldado por esses dois bandos que o transformaram naquilo que actualmente são: uns pobres diabos miseráveis pedantes, pobretões por não terem cabeça para conseguir o que lhes faz falta, mal educados dissimulados, incivilizados e mesmo ladrões (até do material de escritório dos seus locais de trabalho se apossam). Não se compreende que reclamem pelo comportamento dos políticos, sendo como eles. Não foram todos criados por pais idênticos e em escolas idênticas. Por isso que não são iguais, mas idênticos. Isto tornou o povo no mais atrasado, incivilizado, calão e de maus fundos da Europa, não obstante crerem-se o oposto. Obviamente, sem reconhecimento do que está mal nada se pode melhorar.

Pelos discursos dos políticos, pelo modo como utilizam o marketing político e como disso se servem, sabemos que eles sabem o que vale a população, pois que quase sempre conseguem enganá-la com sucesso e ela jamais consegue dominá-los nem obrigá-los a cumprir os seus deveres de procurarem o bem da população.

sábado, 4 de setembro de 2010

Somos todos uns ignorantes…

Perante a possibilidade de adquirir novos conhecimentos, a humildade é a atitude mais estimulante e construtiva que existe. O conhecimento acumulado por todos os homens é tão extenso, profundo e potente que se cada um pudesse pesar numa balança o que sabe e o comparasse com o que desconhece, chegaria sem dúvida à conclusão de que somos uns pobres ignorantes.
A humildade é o fenómeno que faz crescer o conhecimento. Em qualquer assunto, os “sabichões” que recusam qualquer conflito alheio e desprezam o que não resulta dos seus próprios critérios, a única coisa que conseguem é blindar o seu cérebro do ar fresco do exterior: entraram num processo de oxidação e enferrujamento dos seus neurónios.
Não há dúvida de que a maior transformação a que estamos a assistir e que configura silenciosamente um Mundo radicalmente novo é a democratização do conhecimento, um bem supremo que historicamente esteve sempre limitado a certas elites. Nunca na história da humanidade tantas pessoas se formaram em universidades e escolas. A enciclopédia foi substituída por umas pequeninas teclas, que podemos transportar na algibeira, com acesso ao Google, ou ao Yahoo.
O nível de conhecimento médio nos vários ramos do saber não pára de aumentar. Numa expectativa de eleição do saber, sobremos de excesso de informação.
Vivemos na época mais fascinante da extensão do saber. Para que os que querem participar activamente no caminho do desenvolvimento, nunca antes houve tanta estrada a percorrer.
É por isto que é tão decisivo estarmos atentos e absorventes. Inteligente é aquele de que cada vez que aprende alguma coisa reforça a consciência da sua ignorância.